Um grupo de médicos especialistas em Alzheimer propôs, neste domingo (16/7), um novo modelo de classificação do diagnóstico da doença baseado em uma escala de sete pontos, levando em consideração a presença de biomarcadores anormais do quadro e alterações cognitivas.
O método é semelhante ao usado para a classificação do câncer, elimina o uso dos termos “leve”, “moderado” e “grave”, e substitui as diretrizes emitidas em 2018 para o Alzheimer.
Acredita-se que a nova escala poderia contribuir para a indicação de abordagens de tratamento cada vez mais personalizadas, contribuindo para a qualidade de vida do paciente.
O modelo foi apresentado em uma conferência da Associação de Alzheimer em Amsterdã, na Holanda. De acordo com os autores, ele é motivado pelo aumento da disponibilidade de testes que detectam a proteína beta-amilóide – relacionada à doença – no sangue dos pacientes e novos tratamentos.
O relatório patrocinado pela Associação de Alzheimer e pelo National Institute of Aging, dos Institutos Nacionais de Saúde do governo dos Estados Unidos, foi desenvolvido pelo médico Clifford Jack, da Mayo Clinic.
Escala de classificação do Alzheimer
Com a nova escala, os pacientes passariam a ser enquadrados em sete classificações, sendo o primeiro estágio referente ao início das evidências de que uma pessoa tem a doença.
O segundo nível seria aplicado aos indivíduos com biomarcadores anormais e mudanças muito sutis na cognição ou no comportamento. O grau seguinte seria equivalente ao atual estágio pré-sintomático – conhecido como comprometimento cognitivo leve.
Já os estágios 4, 5 e 6 seriam equivalentes às fases da demência atualmente classificadas como leve, moderada e grave.
O modelo tem ainda o estágio 0, destinado às pessoas que carregam o gene relacionado ao Alzheimer, mas ainda não desenvolveram a doença.
Um porta-voz da Associação de Alzheimer informou que as diretrizes preliminares estão abertas para revisão e comentários de especialistas.
Alzheimer
O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo caracterizado pela deterioração cognitiva e da memória dos pacientes. Os sintomas se desenvolvem de forma progressiva.
Em geral, os pacientes notam primeiro as falhas de memória. À medida que a doença avança, há dificuldades com as funções cognitivas, que prejudicam a realização de atividades rotineiras. Os impactos também são sentidos na linguagem e na percepção do mundo.
Fonte: Metrópoles
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