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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai se entregar à Justiça nesta quinta-feira, 24, e permanecerá detido brevemente em uma prisão do estado da Geórgia. Ele é acusado de tentar alterar o resultado das eleições presidenciais de 2020. Na terça-feira, 22, ele havia denunciado em sua plataforma que a, Truth Social, que seria “preso por uma promotora distrital de esquerda radical, Fani Willis”. O fato promete ser um daqueles momentos históricos que deixam o país em suspense, visto que o ex-chefe de Estado também pode ser obrigado a passar pela “mugshot”, a foto dos réus, uma prática que ele conseguiu evitar nas ocasiões anteriores em que se apresentou às autoridades devido a sua notoriedade. 

Ainda que sua estadia na prisão de Rice Street seja breve, o principal candidato à indicação republicana com vistas às eleições de 2024 estará diante das câmeras de veículos de comunicação de todo o mundo. Assim como os nove acusados que se entregaram à Justiça, Trump deve ser liberado após o pagamento de uma fiança, fixada em US$ 200 mil (cerca de R$ 1 milhão na cotação atual).

Os 19 acusados têm até meio-dia local (13h de Brasília) de sexta-feira, 25, para se entregarem às autoridades. Eles devem retornar ao tribunal na semana de 5 de setembro, presumivelmente para anunciar se se declaram culpados ou não. A poucas horas de se entregar às autoridades, o ex-chefe de Estado trocou de advogado, substituindo Drew Findling por Steven Sadow, uma decisão que ainda não foi explicada. No passado, Sadow criticou a lei contra o crime organizado usada pela promotora do condado de Fulton, Fani Willis, para indiciar coletivamente os 19 réus, uma norma que prevê penas de cinco a 20 anos de prisão. Em 14 de agosto, um grande júri nomeado por Willis os acusou de tentarem ilegalmente anular o resultado das eleições de 2020, vencidas neste estado-chave pelo atual presidente, o democrata Joe Biden. A procuradora Fani deseja que o julgamento aconteça em março de 2024.

Trump é alvo de quatro acusações criminais, duas em nível federal, em Washington e na Flórida (sudeste), uma no estado de Nova York e outra na Geórgia. Cada processo, no entanto, rende para ele milhões de dólares em doações, feitas por apoiadores convencidos de que ele é vítima de uma “caça às bruxas”. A rápida passagem de Trump pela prisão ocorre após o primeiro debate para as primárias republicanas, realizado na noite de quarta-feira em Milwaukee, Wisconsin, ao qual o magnata considerou desnecessário comparecer, dada a sua liderança nas pesquisas. Em vez disso, o empresário deu uma entrevista ao ex-apresentador da Fox News, Tucker Carlson, que foi ao ar na rede social X (antigo Twitter) ao mesmo tempo em que o debate era realizado. “Por que deveria ficar ali por uma hora ou duas (…) sendo assediado por pessoas que sequer deveriam ser candidatos presidenciais?”, interrogou, ao justificar sua ausência.

Fonte: JP Notícias
Foto: Reprodução

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