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Os réus Idayana Pinheiro de Oliveira, Sandrine Macedo de Andrade e Rodrigo Mendosa Lira foram condenados pelo homicídio de Leiliane Flores Maia, ocorrido em 24 julho de 2020, na rua Izidoro Praia, bairro Centro no município de Tefé (distante 523 quilômetros em linha reta de Manaus). A vítima teve o corpo esquartejado e as partes escondidas em uma caixa de isopor.  Somadas as penas do trio chegam a mais de 40 anos em regime fechado.

No júri popular realizado na 1ª Vara da Comarca de Tefé na última quinta-feira (17), o Ministério Público do Amazonas (MP-AM) sustentou o pedido de condenação dos três réus pela prática de feminicídio qualificado por motivo fútil, com emprego de asfixia mediante estrangulamento e à traição, por razões da condição de sexo feminino, e menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Já a defesa durante sustentou em relação ao crime de homicídio a materialidade mas, em relação à autoria, argumentou que não está comprovada, requerendo a absolvição dos réus e o afastamento das qualificadoras relativas ao motivo fútil e ao feminicídio.  

O Conselho de Sentença acatou parcialmente a tese da acusação para condenar Idayana Oliveira pela prática homicídio qualificado, além dos crimes de associação criminosa e fraude processual. Já a ré Sandrine Andrade e o réu Rodrigo Mendosa Lira foram considerados culpados pelo crime de homicídio qualificado, praticado com uso de meio cruel, por associação criminosa e fraude processual. 

O juiz Gonçalo Brandão de Sousa, que presidia a sessão, fixou a pena a ser cumprida por Idayane em 15 anos e seis meses de reclusão e seis meses de detenção e 20 dias; a de Sandrine em 13 anos e seis meses de reclusão e seis meses de detenção e 20 dias; e a de Rodrigo Lira a 13 anos e seis meses de reclusão e seis meses de detenção e 20 dias. Da sentença ainda cabe apelação, mas o juiz negou aos réus o direito de recorrerem em liberdade.

O crime

Segundo o Inquerito Policial (IP) na noite do crime um grupo de pessoas participava de uma festa, consumindo bebidas e entorpecentes. Em dado momento houve um desentendimento entre Sandrine, Rodrigo e Idayana contra Leiliane, que terminou com o assassinato.

Após denúncias recebidas de um informante sobre movimentos suspeitos na residência, a polícia foi ao local e encontrou o corpo de Leiliane esquartejado, lavado com água sanitária e acondicionado em uma caixa de isopor. 

No mesmo dia, policiais conseguiram chegar aos suspeitos de envolvimento no crime, que já estavam reunidos em um outro imóvel. A abordagem policial enfrentou reação, resultou em intensa troca de tiros, e terminou com três colombianos suspeitos mortos, um policial baleado e quatro pessoas presas.

No decorrer da fase inicial do processo, um dos quatro presos teve a sua participação no crime descartada e foi impronunciado. Na mesma sentença, o juiz decidiu que Idayana, Sandrine e Rodrigo fossem levados a júri popular pela morte de Leiliane.

Fonte e Foto: A Acrítica

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