O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune que não tem cura, mas possui tratamento disponível pelo SUS.
O lúpus eritematoso sistêmico é uma patologia inflamatória crônica de origem autoimune. Os sintomas podem surgir em diversos órgãos ou sistemas de forma lenta e progressiva ao longo de semanas ou meses.
Existem fases de maior atividade da doença e também períodos de remissão. É muito comum que a pessoa acometida pelo lúpus apresente manifestações como cansaço, febre baixa, emagrecimento e perda de apetite. No entanto, em alguns casos, o problema de saúde se manifesta com sintomas ainda mais sérios.
O médico reumatologista Odirlei André Monticielo esclarece quais são:
- Lesões na pele;
- Dores articulares, com ou sem inchaço;
- Inflamação das membranas que recobrem o pulmão e coração;
- Inflamação nos rins;
- Alterações neuropsiquiátricas;
- Alterações na células do sangue.
Sem cura
O lúpus eritematoso sistêmico não possui cura. O diagnóstico e o tratamento precoces são importantes para melhorar a qualidade de vida do paciente e diminuir a progressão e a gravidade da doença.
De acordo com Monticielo, o problema de saúde é mais frequente em mulheres que estão na idade reprodutiva. Entre os 15 e os 45 anos, o lúpus chega a ser dez vezes mais comum no sexo feminino.
Proteção
Quem tem lúpus deve evitar a exposição solar, além de usar protetor e barreiras físicas, como chapéus e óculos. O sol pode desencadear reações inflamatórias, afetando não somente a pele, mas também as articulações, o cérebro e os rins.
Tratamento
O lúpus é tratado com anti-inflamatórios, antimaláricos, corticoides e imunossupressores.
Recentemente, o anifrolumabe foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento do lúpus. Indicado para pacientes com quadros graves e moderados, o anticorpo monoclonal consegue bloquear as proteínas do corpo que levam à inflamação sistêmica.
Fonte: Metrópoles