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Manifestantes pedem a renúncia da presidente Dina Boluarte, eleições gerais e uma nova Assembleia Constituinte; chefe de Estado disse que autores dos atos de violência não ficarão impunes.

O protesto iniciado em Lima, no Peru, na quinta-feira, 19, foi marcado por confrontos violentos e incêndios. Os manifestantes, que planejam ‘tomar’ a capital peruana, querem a renúncia de Dina Boluarte, eleições gerais e uma nova Assembleia Constituinte para substituir a favorável ao mercado que remonta aos dias do homem forte de direita Alberto Fujimori na década de 1990. Muitos nos manifestantes viajaram mais de 24 horas para participarem das manifestações. Na noite de ontem foram registrados confrontos em meio a uma operação de segurança em massa organizada pelas autoridades para evitar distúrbios e vandalismo. A polícia tentou evitar com gás lacrimogêneo a chegada de um grupo ao Congresso, com confrontos na avenida Abancay, no centro da cidade, quando os manifestantes lançaram pedras de pavimentação arrancadas da calçada contra os agentes. “Estamos aqui lutando por nossos direitos. Queremos o fechamento do Congresso”, a camponesa Ayda Aroni, que veio da região de Ayacucho, 330 km ao sudeste da capital. As autoridades mobilizaram “11.800 efetivos nas ruas para controlar os distúrbios, além de veículos militares e da participação das Forças Armadas”, informou o chefe da Região Policial Lima, general Víctor Zanabría.

Um incêndio foi iniciado em um prédio histórico de quatro andares perto da Plaza San Martín, onde centenas de manifestantes estavam agrupados. O edifício estava vazio quando o grande incêndio começou de causas desconhecidas, informou a mídia local. As autoridades ainda não informaram o que provocou o incêndio. Durante um discurso televisionado na noite de quinta, a presidente do Peru, Dina Boluarte, disse que os manifestantes que praticaram atos de violência durante os protestos iniciados em dezembro não ficarão impunes. A chefe de Estado também disse que ataques premeditados em três aeroportos do país ocorreram ao mesmo tempo que os protestos em Lima. “Não me cansarei de convidar ao diálogo os que protestam, os que se deslocaram das províncias para as capitais. Não vou cansar de dizer a eles: vamos trabalhar na visão que este país precisa”, declarou Boluarte. Um homem morreu durante confrontos entre policiais e manifestantes do lado de fora do aeroporto de Arequipa, no sul do Peru. Desde o começo das manifestações, 54 pessoas já morreram. Os protestos foram provocados pela deposição em 7 de dezembro do ex-presidente esquerdista Pedro Castillo, depois que ele tentou fechar ilegalmente o Congresso e consolidar o poder.

Fonte: JP Notícias

 

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