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Um médico de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Osasco, na Grande São Paulo, receitou sorvete de chocolate e o jogo de celular “Free Fire” para uma criança de 9 anos que chegou ao local vomitando, com dor de garganta e tontura.

O caso aconteceu na madrugada do dia 18 de maio, na UPA Jardim Conceição. A receita também incluía medicamentos comuns no tratamento de sintomas gripais, como amoxicilina, ibuprofeno e dipirona. Mas a mãe do menino se sentiu ridicularizada e, em entrevista, exige melhora nos atendimentos de saúde da região.

Prefeitura de Osasco diz que “a Organização Social responsável pelas UPAs informou que efetuou o desligamento do médico de seu quadro de prestadores de serviços”.

Sorvete de chocolate e “Free Fire” diário

Priscila Ramos da Silva levou o filho Gabriel às pressas ao hospital quando percebeu que os sintomas da gripe estavam mais fortes do que o normal. A criança sentia febre, dor de cabeça, dor de garganta e tontura, além de ter vomitado várias vezes.

Na UPA, Priscila conta que passou pela triagem e, depois de alguns minutos, foi atendida pelo médico Marcos Wesley da Silva, que se identificou como neurologista.

Durante o atendimento, de menos de cinco minutos, Priscila diz que o médico não examinou o garoto. “Respondi a todas as perguntas [que ele fez], mas ele nem tocou no meu filho. O Gabriel estava reclamando de dor, não conseguia engolir nem a própria saliva e mesmo assim ele não olhou a garganta do meu filho”.

Para o paciente, Marcos Wesley fez uma única pergunta: “qual sabor de sorvete você gosta?”.

Na receita, o médico prescreveu amoxicilina, ibuprofeno, dipirona, prednisolona e acetilcisteina. Além dos medicamentos, também “receitou” “sorvete de chocolate duas vezes ao dia e ‘Free Fire’ diário”.

Embora o sorvete e outros alimentos gelados possam ser prescritos no alívio da dor na garganta, a mãe diz não ter sido orientada pelo médico. “Eu não sabia disso. Ele não chegou a falar que o sorvete era bom e que poderia amenizar a dor”.

“Fiquei abismada. O médico debochou de mim e do meu menino”, lamenta a mãe.

“Free Fire” é um jogo de tiro disponível para aparelhos Android e iOS. O jogo traz armas de fogo, violência, presença de sangue e morte intencional, de acordo com a classificação indicativa do Ministério da Justiça, e não é recomendado para menores de 14 anos. 

Gabriel diz que nunca jogou o game de celular, que ficou triste com a situação e que, no final das contas, não tomou o sorvete.

Denúncia

Após ver a receita prescrita ao sobrinho, a irmã de Priscila recomendou denunciar o médico ao Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo). A notificação ao órgão foi enviada por e-mail, mas o órgão respondeu que a queixa precisa ser feita por carta ou pessoalmente.

Priscila explica que seu posicionamento não é sobre o deboche do médico, mas sobre chamar atenção para o “atendimento precário à saúde em Osasco” e à necessidade de mudança.

“O médico que atendeu meu filho nem pediatra era. Ele carimbou a receita como neurocirurgião”, conta a mãe de Gabriel.

Marcos Wesley está atualmente com o CRM ativo no Cremesp, mas não tem especialidade registrada. O órgão informou que, assim que a denúncia for recebida, será iniciado o processo de apuração do caso.

Fonte: R7
Foto: Divulgação

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