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    Governo brasileiro entra de cabeça nas eleições argentinas com medo de perder aliado importante na América Latina

    Ministro da Economia e candidato à presidência, Sergio Massa se reuniu com Lula e Haddad nesta semana, em plena campanha eleitoral, e conseguiu um acordo de US$ 600 milhões em investimentos para exportações.
    GUILHERME MORAESBy GUILHERME MORAES2 de setembro de 2023Nenhum comentário5 Mins Read
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    No dia 22 de outubro, os argentinos vão às urnas escolher o novo presidente do país. Pesquisas realizadas após as primárias apontam que deverá haver um segundo turno entre Javier Milei, do A Liberdade Avança, e Sergio Massa, do União pela Pátria. Uma disputa entre um candidato que se denomina “anarcocapitalista” — e é visto como extremista — e o atual ministro da Economia, que representa o peronismo. Apesar da votação ser no país vizinho, o Brasil se manterá atento aos resultados, pois a aliança corre risco de ser enfraquecida em um momento em que o governo brasileiro trabalha para fortalecer a parceira que havia sido “encerrada” durante o mandato anterior.

    Milei, que também leva o título de Bolsonaro argentino — ele também é apoiador de Donald Trump —, já informou que, se assumir a Casa Rosada, vai cortar laços com países governados pela esquerda, como é o caso do Brasil, que atualmente tem o Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como líder. Por mais que não tenha declarado publicamente, Lula apoiará Massa nas eleições presidenciais. Inclusive, o encontro realizado nesta semana com o presidente brasileiro e Fernando Haddad, ministro da Fazenda, de onde saiu com um acordo de US$ 600 milhões em investimentos para exportações, foi visto como uma tentativa de busca de apoio, não só para evitar uma recessão o país, como uma possível derrota histórica da esquerda na Argentina. Vale lembrar que, além de ministro, Massa também está em campanha eleitoral.

    A tentativa de interferência brasileira nas eleições argentinas é, de um certo modo, recorrente. Vejo claramente, por essa razão, uma ligação do governo brasileiro em tentar eleger um governo mais alinhado a si, que é o governo peronista”, destaca Marcio Coimbra, presidente do Instituto da Democracia. O especialista também lembra que o atual ministro da Economia não é um peronista raiz. “O Massa é um cara que já transitou por diversas matrizes políticas argentinas. Ele já foi ligado ao grupo do ex-presidente Maurício Macri e agora ele está com os peronistas.” Com uma vitória de Milei, a Argentina ficaria mais próxima do presidente do Uruguai (Lacalle Pou) e do Paraguai (Santiago Peña), enquanto as relações com o governo brasileiro sofreriam tensão. 

    Contudo, apesar dessa possibilidade, Coimbra pontua que o Brasil deve respeitar, como a sua constituição coloca, a autodeterminação dos povos, pois, não cabe ao governo interferir em assuntos internos de outro país, especialmente os eleitorais. “Me parece que essa proximidade geográfica que a gente tem acaba levando a uma preferência e uma movimentação do governo brasileiro, seja ele de esquerda ou de direita. Mas isso é errado. Devemos deixar a Argentina decidir seu próprio destino”, diz o especialista. Jà Eduardo Fayet, consultor e especialista em relações institucionais e governamentais, afirma que o Brasil precisa acompanhar de perto as eleições, porque qualquer resultado gerará impactos à geopolítica, às relações diplomáticas, e, sobretudo, às relações econômicas que os dois países têm.

    “Argentina, do ponto de vista econômico, é o terceiro maior comprador de produtos brasileiros. Eles são um player bastante importante, do ponto de vista comercial e político, histórico”, fala Fayet, pontuando que qualquer ruptura na aliança entre as nações causará perdas para os dois lados. Contudo, destaca que a Argentina será a que mais vai sair prejudicada. “Eles têm uma economia muito mais frágil, estão em uma condição de economia debilitada e muito menor em relação ao Brasil. Quando olhamos do ponto de vista geográfico, também têm uma posição menos privilegiada”, explica Fayet, acrescentando que o Brasil é um país continental, que vai praticamente de boa parte do hemisfério sul até a linha do Equador, passando por dois trópicos. “É um país de dimensões enormes, com ligações muito próximas à Europa, aos Estados Unidos, que são os grandes centros consumidores, e também muito próxima da África. A Argentina está do outro lado da América Latina”.

    Antes de se encontrar com Lula e Haddad, Sergio Massa anunciou medidas para tentar fortalecer o consumo, limitar o impacto da desvalorização do peso e enfrentar a inflação, que supera 100% ao ano. “O objetivo central é que cada um dos setores da economia tenha, de alguma forma, o apoio do Estado”, afirmou Massa, em rede social. “A Argentina tem um empréstimo junto ao FMI (Fundo Monetário Internacional) desde 2018, que forçou uma desvalorização da nossa moeda nos últimos dias, e a pior seca da nossa história, que prejudicou nossas reservas e contas, mas que também atingiu a economia de muitas famílias”, ressaltou o ministro. Sua fala encontrou eco em Lula, que culpou o governo de Macri, que antecedeu o de Alberto Fernández, pela crise econômica argentina. “Eu fico preocupado de saber como é que um país tão importante como a Argentina, um país que já foi a quinta economia do mundo, chega na situação econômica na qual está hoje. Tudo isso muito em função de uma dívida contraída por um outro governo e que ficou para o atual pagar essa dívida”, discursou o petista.

    Coimbra, por sua vez, considera o não ingresso da Argentina ao bloco como um ganho para os dois. “Brics não dialoga em nada com o que a Argentina representa como democracia. O Brics está se tornando um grupo de países autocráticos e autoritários liderados pela China. E a Argentina, como um país democrático, um país que viveu o autoritarismo na pele durante alguns anos, não se encaixa no grupo, tampouco o Brasil”, diz. Segundo ele, “cedo ou tarde, os Brics vão acabar expelindo países democráticos, uma vez que a voz desses países acabará sendo silenciada dentro do grupo”. Coimbra também idealiza uma possível saída do Brasil. “Se a gente tiver um governo razoável, ponderado, de centro ou de centro-direita, acredito que essa é uma possibilidade real. Mais que uma possibilidade real, é uma obrigação de qualquer governo democrático do Brasil não participar de um clube de autocracias.”

    Fonte: JP Notícias
    Foto: Reprodução

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