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O senador Omar Aziz aproveitou a visita a Manaus da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na comitiva ministerial, para cobrar a reabertura da rodovia BR-319, em uma reunião realizada nesta quarta-feira (04/10). Diante de autoridades locais e prefeitos do interior do Estado, o senador enfatizou a preocupação com a situação de estiagem severa que afeta o Amazonas, reaafirmando a necessidade de buscar soluções a longo prazo para ajudar as comunidades ribeirinhas e tirar os amazonenses do isolamento.

Omar Aziz ressaltou que há um compromisso do presidente Lula com a BR-319 e que é preciso haver uma interlocução para alinhar as questões ambientais à necessidade da rodovia para a região. O senador pontuou ainda a importância da ajuda das forças armadas para atender as mais de 6 mil comunidades afetadas pela seca

“Não podemos simplesmente admitir a incompetência de que não se consegue fiscalizar uma rodovia. Nós fazemos muito esforço para preservar a Amazônia, mas ninguém tem o direito de deixar o Amazonas e Roraima no isolamento, sem a BR-319. É muito bom usar a ‘grife’ Amazônia no discurso, mas difícil mesmo é viver na Amazônia e cuidar dela”, reforçou Omar.

A comitiva composta por representantes dos ministérios do Meio Ambiente, dos Povos Indígenas, da Integração, dos Portos e Aeroportos, de Minas e Energia e da Defesa chegou a Manaus pela manhã e visitou áreas afetadas pela seca, como o Porto da capital amazonense, onde constataram a diminuição histórica do nível do rio e os seus efeitos negativos para a cidade.

As autoridades realizaram também um sobrevoo de reconhecimento de áreas críticas próximas a Manaus, incluindo uma comunidade na zona rural de Iranduba. Em um encontro com prefeitos de municípios do Amazonas, onde também esteve presente o governador Wilson Lima, o governo federal adiantou algumas medidas em resposta à estiagem.

Entre as iniciativas anunciadas está a realização de duas obras de dragagem, sendo uma no rio Solimões e outra no rio Madeira, com o objetivo de recuperar a capacidade de navegação das vias fluviais. A primeira obra terá oito quilômetros de extensão, com duração de 30 dias e custo de R$ 38 milhões, enquanto a segunda terá doze quilômetros, 45 dias de duração e custo de R$ 100 milhões.

Outra medida estudada pelo governo é a liberação do seguro-defeso aos pescadores que foram prejudicados pela estiagem. Além disso, o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima anunciou o envio de 191 brigadistas para reforçar a equipe local que atua no controle de incêndios, buscando minimizar os impactos causados pela seca.

Foto: Pablo Brandão

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