A seca de 2023 do rio Solimões e outros deixou uma marca profunda nas populações ribeirinhas do Amazonas. E o temor de moradores de Tabatinga e de outras cidades da região da tríplice fronteira com Colômbia e Peru é que a vazante do rio supere a de 2023, que já foi a maior das últimas décadas.
Só nos últimos três dias, até hoje, 17 de junho, o grande rio secou quase 1 metro. Nesses 17 dias do mês, o Solimões perdeu 2,42 metros de água.
Dessa forma, o temor de que a estiagem se repita é palpável. As comunidades temem um desabastecimento generalizado que poderia trazer prejuízos econômicos severos e comprometer a segurança alimentar.
As populações dos municípios banhados pelo rio Solimões estão em alerta com a rapidez da descida do rio.
Imagens enviadas ao jornalista Ronaldo Tiradentes, no “Manhã de Notícias”, mostra uma praia grande na frente da cidade.
A Defesa Civil do Amazonas, por determinação do governador Wilson Lima, já iniciou o plano de contingência e tem adotado medidas para minimizar os impactos da vazante.
Segundo o secretário adjunto da Defesa Civil, coronel Clóvis Araújo, confirmou que a vazante nas calhas dos rios tem se intensificado. “Estamos monitorando as calhas do Juruá e do Purus que estão baixando muito rapidamente”, comenta.
Ele também informou que a Defesa Civil do Amazona mantém conversas regulares com as autoridades municipais para a implementação das ações de mitigação dos efeitos da estiagem.
A previsão de uma nova estiagem gera ansiedade quanto à capacidade de resposta das autoridades e à eficácia das medidas de mitigação que possam ser implementadas.
A população, que já lida com uma infraestrutura limitada e recursos escassos, se vê diante de um desafio colossal: garantir a sobrevivência em um cenário de mudanças climáticas cada vez mais imprevisíveis.
Estável há sete dias, o rio Amazonas registrou neste domingo o seu primeiro movimento de descida do ano.
A seca foi de menos dois centímetros, conforme registrado no Porto de Itacoatiara (AM). Neste ponto, o rio Amazonas é afetado pelas águas dos rios Solimões e Madeira, que já estão em fase de seca.
O último movimento de cheia do rio Amazonas foi de 12,35 metros no dia 9 de junho.
Fonte: BNC