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A terapia é vista com esperança por médicos. Ela é indicada para os pacientes que não obtiveram sucesso com outros tratamentos contra câncer.

Pela primeira vez no Brasil, um paciente recebeu o tratamento contra o câncer com as células CART-Cell fora de estudo cientifico. O procedimento foi feito em 9 de janeiro, no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), no Rio de Janeiro. O homem de 74 anos deve ter alta hospitalar em 6 de fevereiro, após um mês de observação.

O CART-Cell foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2022. Até então, estava disponível apenas para pesquisa acadêmica. Ele surgiu como uma esperança para os pacientes de alguns tipos de câncer, como linfomas, leucemia linfocítica aguda e mieloma múltiplo, que não obtiveram os resultados esperados em outras duas terapias anteriores.

“O CART-Cell representa uma possibilidade de cura para os pacientes que já tentaram pelo menos outras duas terapias sem resultados”, afirma a médica hematologista Luciana Conti, responsável pelo procedimento no Brasil.

O engenheiro civil Carlos Alberto Wagner, 74 anos, foi o primeiro brasileiro a passar pela terapia. O procedimento foi feito em um hospital particular, com todo o tratamento pago pelo plano de saúde. Ele é portador de linfoma não Hodgkin difuso de grandes células B e já tinha passado por três diferentes tipos de tratamento – duas quimioterapias e uma radioterapia –, todos sem o resultado esperado.

“A gente tentou três tratamentos. Quando ele soube que a doença não tinha acabado, ficou um pouco revoltado”, conta a esposa de Wagner, Aldelúcia Porto Maciel Wagner.

CAR-T CELL

A terapia celular CART-Cell – sigla do inglês Chimeric Antigen Receptor T-Cell Therapy – é um procedimento capaz de combater cânceres hematológicos usando as células de defesa (linfócitos T) do próprio paciente, modificadas em laboratório e reinseridas por infusão.

“Ao serem geneticamente modificados, os linfócitos T tornam-se mais ativos contra tumores no sangue”, explica a médica hematologista.

As células de Carlos Alberto foram coletadas em 11 de novembro e enviadas para um laboratório em Nova Jersey, nos Estados Unidos, onde foi realizada a modificação genética das células para potencializá-las. O material genético retornou ao Brasil em 27 de dezembro e o paciente foi internado uma semana depois para os preparativos da infusão.

O engenheiro passou por três sessões de quimioterapia para fazer uma imunossupressão do seu sistema de defesa e permitir que as células potencializadas conseguissem se replicar sem dificuldade, aumentando as chances de sucesso.

A médica explica que as células recebem uma espécie de “potência” em laboratório, com um alvo (o anti CD19) para atacar as células malignas no organismo. Isso faz com com que elas voltem a ser capazes de visualizar e destruir o câncer.

Após a modificação genética do linfócito T realizada em laboratório, o material é transformado em um medicamento injetável, aplicado em dose única no paciente por meio de infusão, assim como ocorre em transfusões de sangue.

Resultados animadores

Segundo Luciana, Carlos Alberto já passou da fase mais crítica após a infusão e poderá ter alta em breve. A expectativa é que isso ocorra em 6 de fevereiro, após completar 28 dias do procedimento.

“O paciente precisa ser acompanhado de perto por pelo menos 28 dias. É um momento bem crítico, pois como qualquer medicamento, há efeitos adversos. Um deles, o mais grave, é o que chamamos de síndrome de liberação de citocinas, que é como uma tempestade inflamatória.

Portanto, todo cuidado é pouco nesta fase”, reforça a médica.

Aldelúcia conta que o marido reagiu muito bem ao procedimento e a família está esperançosa de que ele consiga finalmente chegar à cura. “É claro que precisamos caminhar mais nos próximos dias para entender melhor, mas estamos esperançosos”, conta.

Fonte: Metrópoles

 

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