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Ser dono do próprio negócio é o segundo sonho mais citado pelos brasileiros, ficando atrás, apenas, da vontade de viajar pelo Brasil, conforme aponta o relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2022, produzido pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe) e pelo Sebrae. Entre os profissionais de administração, o interesse pelo empreendedorismo não é diferente: um recente levantamento do Conselho Regional de Administração de São Paulo – CRA-SP mostra que 80,7% deles têm vontade de abrir, já possuem ou tiveram o próprio negócio.

A pesquisa, realizada com 394 registrados (entre administradores, tecnólogos e técnicos em administração) entre os dias 25 de setembro e 3 de outubro, identificou, também, as três principais razões que levam esses profissionais a empreender. O motivo predominante é a vontade de inovar e fazer a diferença para um grupo/nicho de consumidores, com 33,3% das respostas; já 29,9% dos participantes mencionaram o sonho de abrir o próprio negócio; e 19,8% citaram a necessidade de possuir uma renda extra.

Desafios do empreendedorismo

Administrar uma empresa é uma tarefa complexa, que requer habilidades e competências para lidar com diferentes entraves, como a burocracia e as elevadas taxas de juros, entre outros desafios diários, que deixam claro que não é nada simples colocar o sonho de empreender em prática. 

De acordo com o levantamento do CRA-SP, 38,7% dos respondentes vivenciaram de perto essas dificuldades e já tiveram que fechar o próprio negócio. Entre as principais causas mais apontadas para isso estão o lucro baixo (para 17,9%), a falta de capital de giro ou a dificuldade com a gestão financeira como um todo (para 16,3%); e a pandemia de covid-19 (para 9,8%). 

Capacitação para empreender

Para acompanhar as transformações do mercado e conseguir levar adiante um negócio, conhecimento é fundamental. No levantamento, 52,8% dos respondentes afirmaram que tiveram conteúdos específicos voltados ao empreendedorismo durante sua formação acadêmica. Entretanto, apenas isso não é suficiente e, para não sofrer com a desatualização, 26,4% dos entrevistados pretendem investir em cursos rápidos e específicos para alguma área do negócio, 22,3% afirmam que buscam conhecimentos adicionais no Sebrae e apenas 5% cogitam ingressar em uma nova graduação.

Entre as inúmeras ferramentas e métodos de gestão disponíveis no arsenal de trabalho do profissional de administração, as mais utilizadas com o propósito de melhorar a produtividade e competitividade dos negócios, segundo os respondentes do levantamento, são: 

  • 59,1% – Análise SWOT/FOFA – identifica as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de uma empresa ou produto; 
  • 45% – Ciclo PDCA – ferramenta para solucionar problemas, controlar e melhorar de forma contínua processos e produtos; 
  • 41,8% – Inteligência de Dados (Power BI / GoogleLooker, por exemplo) – ajuda a atingir os objetivos e melhorar a tomada de decisões; 
  • 37,4% – 5W2H – check-list que indica as atividades, prazos e responsabilidades de todos os envolvidos em um projeto; 
  • 37,4% –  Mapa mental gerencial – ferramenta visual de organização e gestão de informações.

Os resultados do levantamento realizado pelo CRA-SP podem ser conferidos no site do Conselho e fazem parte de um novo projeto que pretende entender melhor os desafios e as oportunidades vivenciadas pelos profissionais de administração.

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