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Cada vez mais, os brasileiros ganham os céus do país, e não é por meio da aviação civil, ou de forma metafórica. Segundo a Anac (Agência Nacional da Aviação Civil), o número de drones cadastrados no SISANT (Sistema de Aeronaves não Tripuladas) ultrapassa 100 mil aeronaves. Além disso, estima-se que há três vezes mais drones não cadastrados voando no espaço aéreo brasileiro.

No Brasil, a história dos dispositivos voadores de pequeno porte foi marcada pelo BQM1BR, o primeiro VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) registrado no país, fabricado pela CBT (Companhia Brasileira de Tratores). O protótipo alçou o seu primeiro voo em 1983, servindo de alvo aéreo.

Desde então, a popularidade dos drones tem crescido a cada ano, assim como o mercado. “O Brasil é, hoje, o principal mercado de drones da América do Sul e o segundo mais relevante das Américas, ficando atrás apenas dos EUA, com faturamento anual de US$ 373 milhões (R$ 1,872 bilhão)”, reporta Felipe Calixto Reis, CEO do ITARC – empresa que atua com cursos de drones.

De acordo com um estudo da Drone Insights Industry, empresa alemã especialista no setor, o mercado global de drones deve atingir US$ 41,3 bilhões (R$ 207,93 bilhões) até 2026, destaca Reis.

Para além do uso recreativo, os dispositivos voadores já têm sido usados amplamente pelo mercado mundial, em atividades como captação de imagens para os mais diversos fins, o que inclui: gravações para o jornalismo, e para a indústria cinematográfica e televisiva, além de transmissões para fins pessoais, acadêmicos, profissionais e para a entrega de pedidos para os consumidores – inclusive de comida.

Para o empresário, a popularidade dos drones no Brasil se dá devido ao agronegócio, muito forte no país, e aos mercados de inspeção e construção civil.

“Com o avanço da tecnologia, os drones ganham cada vez mais espaço nos diferentes setores da economia. Com isso, os dispositivos mostram que são ferramentas importantes na otimização de tempo e recursos, assim como para a execução de atividades antes vistas como extremamente especializadas”, diz Reis.

Segundo o CEO do ITARC, há uma demanda por profissionais capacitados para trabalhar com drones difícil de preencher, pois muitos ainda veem esses equipamentos apenas como hobby, o que não contribui para a profissionalização do setor.

“Os pilotos de drones pioneiros, por outro lado, vêm conquistando posições importantes dentro de corporações que levam a tecnologia a sério”, afirma Reis. “As empresas que investem na tecnologia, por sua vez, também têm obtido resultados positivos. Com os drones, é possível economizar tempo e dinheiro, além de poupar, em muitos casos, a saúde e o bem-estar dos colaboradores”, conclui.

Para mais informações, basta acessar: https://itarc.org/

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