O Monte Etna, localizado na ilha da Sicília, na Itália, entrou em erupção na madrugada desta segunda-feira (2). Considerado o maior e mais ativo vulcão da Europa, o Etna iniciou sua atividade por volta das 3h50 (horário local), após a detecção de tremores sísmicos desde a meia-noite, conforme informou o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV).
De acordo com o INGV, a erupção apresenta “explosões estrombolianas de intensidade crescente” e o vulcão está em atividade considerada “quase contínua”. Uma densa nuvem de cinzas foi lançada a cerca de 6.400 metros de altitude, segundo o Centro Consultivo de Cinzas Vulcânicas de Toulouse, responsável pelo monitoramento dos riscos à aviação na região.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram turistas deixando a área às pressas enquanto uma espessa coluna de fumaça se formava sobre a montanha. Como medida preventiva, as autoridades fecharam o acesso ao cume do vulcão. O prefeito de Catania, Enrico Tarantino, afirmou ao jornal Corriere della Sera que “tudo está sob controle” e destacou que o fenômeno já era esperado por especialistas.
Por volta das 11h30, câmeras de vigilância registraram um fluxo piroclástico — uma avalanche de rochas quentes, gases e cinzas — provavelmente causado pelo desabamento de parte da face norte da cratera Sudeste. A atividade explosiva aumentou, gerando jatos de lava visíveis.
Até o momento, não há registros de vítimas ou danos materiais significativos fora da área de risco. No entanto, autoridades alertam para os efeitos à saúde decorrentes da exposição prolongada à fumaça e aos gases tóxicos, que podem causar irritação nos olhos, problemas respiratórios e, em casos extremos, levar à morte.
Com 3.403 metros de altura na borda leste da cratera Voragine, o Monte Etna está em constante transformação devido às suas frequentes erupções.