Operação “Cavalo de Troia”, da Polícia Civil, prendeu sete pessoas suspeitas de integrar grupo que falsificava documentos e movia ações judiciais fraudulentas em nome de idosos.
A Polícia Civil do Amazonas prendeu, nesta sexta-feira (7), sete pessoas suspeitas de aplicar golpes bancários e jurídicos contra idosos em várias cidades do estado. A ação, batizada de “Cavalo de Troia”, apontou o advogado Helioenay Naftaly Pinheiro da Silva como o líder do grupo. Três estudantes de Direito também foram presos por atuarem diretamente nas fraudes.
O advogado apontado como chefe
Segundo as investigações, Helioenay Naftaly Pinheiro da Silva, advogado, era o mentor intelectual e jurídico do esquema. Ele foi preso no município de Lábrea, no sul do Amazonas. De acordo com a Polícia Civil, ele coordenava a falsificação de documentos, a abertura de contas bancárias e o ajuizamento de ações judiciais fraudulentas.
Helioenay também seria responsável por orientar os demais integrantes sobre como usar os dados das vítimas para obter empréstimos e indenizações falsas.
A esposa e cúmplice nas redes sociais
Entre os presos está Laíssa de Souza Martins, esposa do advogado. Nas redes sociais, ela ostentava uma vida de luxo e chegou a publicar vídeos ensinando “técnicas” para lucrar mais de R$ 20 mil por mês, mesmo sem registro na OAB. Segundo a polícia, Laíssa ajudava a movimentar o dinheiro obtido com os golpes e a recrutar novos participantes para o esquema.
Os estudantes de Direito envolvidos
Três estudantes de Direito também foram presos por participar ativamente das fraudes:
- Adriano de Souza Passos
- Thaís Alves da Silva
- Jonatas Santos da Silva
De acordo com o delegado Jorge Arcanjo, responsável pela operação, eles eram encarregados de falsificar documentos, preparar ações judiciais fraudulentas e protocolar processos em nome das vítimas. O grupo teria protocolado mais de 3,7 mil ações ao longo de três anos.
Outros envolvidos
Também foram detidos Gessilda Rodrigues Brasil e Thaylon Gabriel de Matos Cordeiro, suspeitos de fornecer dados e contas para movimentação dos valores obtidos ilegalmente.
Como funcionava o golpe
O grupo se aproximava de idosos em cidades do interior do Amazonas, obtendo seus dados pessoais e bancários sob falsos pretextos. Com essas informações, abria contas digitais, solicitava empréstimos e ingressava na Justiça alegando irregularidades para receber indenizações falsas.
Durante as buscas, a polícia apreendeu carros de luxo, celulares, documentos falsificados e outros bens adquiridos com o dinheiro das fraudes.
O nome da operação
A operação foi batizada de “Cavalo de Troia”, em referência à tática usada pelo grupo: apresentar-se de forma legítima, mas agir de dentro do sistema bancário e jurídico para enganar as vítimas.
Os presos vão responder pelos crimes de estelionato, falsificação de documentos e associação criminosa.s judiciais fraudulentas em nome de idosos.

