Manaus– Em um marco histórico de reconhecimento e valorização dos povos originários, o prefeito de Manaus, David Almeida, realizou nesta quarta-feira (4/6) a entrega de 210 títulos definitivos de propriedade aos moradores da Comunidade Nações Indígenas, situada na zona Norte da capital amazonense.
A solenidade aconteceu na Chácara do Igor, no Loteamento Parque Riachuelo I, e contou com a presença de lideranças indígenas, autoridades municipais e membros da comunidade local. A ação integra o programa de regularização fundiária da Prefeitura de Manaus, coordenado pela Secretaria Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Semhaf), que já beneficiou mais de 8.800 famílias em diferentes bairros da cidade.
Para o prefeito David Almeida, a entrega dos títulos representa um avanço significativo na política habitacional da capital.
“Esta é a primeira grande regularização de uma comunidade indígena durante nossa gestão. Um passo essencial para garantir dignidade, segurança jurídica e inclusão social a esses cidadãos que tanto contribuem para a história e cultura de Manaus”, afirmou.
Com os títulos em mãos, os moradores passam a ter o reconhecimento legal da posse de seus imóveis — o que possibilita o acesso a financiamentos, investimentos em infraestrutura e a valorização de suas propriedades. Para dona Raimunda Tupinambá, uma das beneficiadas, o momento foi de emoção:
“Esperei mais de 15 anos por esse documento. Agora posso dizer com orgulho que essa terra é minha de verdade”, comemorou.
O secretário da Semhaf, Jesus Alves, destacou que a regularização fundiária é uma prioridade da atual gestão municipal e continuará sendo ampliada.
“Nosso objetivo é atender ainda mais famílias, com foco especial em áreas vulneráveis e comunidades tradicionais. A entrega de hoje reafirma nosso compromisso com o direito à moradia e à cidadania plena”, disse.
A regularização da Comunidade Nações Indígenas também evidencia o respeito da Prefeitura à diversidade étnica e cultural da cidade, promovendo justiça social e garantindo o direito à terra urbana aos povos indígenas. A ação contribui para o ordenamento urbano, reforça o sentimento de pertencimento e avança na construção de uma Manaus mais justa e igualitária.