A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), apresentou nesta quinta-feira (18/06) os detalhes da elucidação do homicídio de Robert Martins Avelino, de 36 anos, ocorrido em 18 de dezembro de 2024, na rua Januária, bairro Flores, zona centro-oeste de Manaus.
Gabriel Rodrigues Dias Gato, de 23 anos, e Marlindo Sagratzky de Oliveira Neto, de 28, foram presos preventivamente apontados como executor e mandante do crime, respectivamente. De acordo com as investigações, o homicídio foi premeditado e motivado por desavenças pessoais e profissionais.
Segundo a delegada adjunta Marília Campello, inicialmente o caso foi tratado como latrocínio. No entanto, o avanço das investigações revelou que se tratava de uma execução planejada. A vítima estava jogando dominó com amigos na calçada de um comércio quando foi surpreendida pelo atirador.
“O executor simulou um assalto para despistar a polícia. Após subtrair os celulares das pessoas no local, ele atirou cinco vezes no rosto de Robert, que morreu na hora, e fugiu em seguida”, relatou a delegada.
As investigações levaram à identificação de Gabriel em abril deste ano. Ele foi preso em 15 de maio, na rua Calábria, bairro Novo Aleixo, zona norte. Durante o interrogatório, o suspeito revelou que foi contratado por Marlindo por R\$ 3 mil para cometer o crime. O mandante teria fornecido a arma e uma foto da vítima para identificação.
Ainda segundo a polícia, a motivação do crime envolveu disputas comerciais e ciúmes. Robert e Marlindo se conheciam desde 2017, quando o primeiro prestava serviços em uma casa de massagens administrada pelo segundo. Em 2024, Robert abriu seu próprio estabelecimento, transferindo as atividades para um local próximo ao do antigo empregador, o que teria causado atritos. Marlindo também suspeitava que a vítima tivesse enviado mensagens à sua companheira.
A polícia também apurou que os desentendimentos entre os dois já haviam resultado em agressões físicas, registradas em boletim de ocorrência. O celular da vítima foi encontrado com a mãe do executor, que passou a utilizá-lo dois dias após o crime.
Marlindo foi preso na quarta-feira (17/06), na avenida Autaz Mirim, zona leste. Com as prisões, a DEHS considera o caso completamente elucidado.
Gabriel Rodrigues Dias Gato e Marlindo Sagratzky de Oliveira Neto foram indiciados por homicídio qualificado e estão à disposição da Justiça.