Droga avaliada em R$ 19,5 milhões estava escondida em compartimentos secretos; esquema internacional usava técnica avançada para burlar detecção policial.
Uma operação do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc) revelou um esquema internacional de tráfico de drogas em uma mansão de alto padrão localizada no bairro Ponta Negra, área nobre de Manaus. O imóvel pertence à empresária Liege Aurora Pinto da Cruz, de 74 anos.
A ação, realizada em outubro e exibida neste domingo (16) pelo Fantástico, resultou na apreensão de 40 quilos de “cocaína negra” — uma versão modificada do entorpecente, produzida para escapar de métodos tradicionais de detecção.
Avaliada em cerca de R$ 19,5 milhões, a droga estava escondida em compartimentos secretos de móveis de luxo e atrás de quadros decorativos. A mansão também possui heliporto e campo de futebol, segundo a polícia.
A cocaína negra é resultante de um processo que mistura a droga com substâncias como carvão ativado e toner, o que dificulta a ação de cães farejadores e prejudica testes químicos rápidos. O delegado-geral Bruno Fraga destacou a complexidade do esquema: “Essa engenharia criminosa torna o entorpecente de difícil identificação e eleva seu valor no mercado.”
O Denarc investiga agora a extensão da rede internacional envolvida e possíveis conexões com grupos especializados na exportação de drogas para a Europa e a Ásia. A operação reforça a crescente adoção de tecnologias avançadas por organizações criminosas.



