Focada no combate ao tráfico de drogas e aos crimes ambientais, nova unidade fluvial do Governo do Estado reforçará a segurança na calha do rio Negro
Depois de sufocar a rota do tráfico de drogas no Rio Solimões, por onde a maior parte da carga de entorpecentes originados da fronteira eram escoados no Amazonas, o Governo do Estado planeja implantar um novo ponto fixo de fiscalização e operações policiais no Rio Negro. É a Base Fluvial Arpão II, nome provisório do complexo policial que está em obras com previsão de conclusão para o mês de dezembro deste ano.
Inaugurada pelo governador Wilson Lima, em agosto do ano passado, em Coari (a 363 quilômetros de Manaus), a Base Arpão é um dos maiores investimentos da história do Amazonas no combate ao tráfico de drogas. A unidade foi implantada na região conhecida internacionalmente como rota do Solimões, onde também eram comuns crimes ambientais e os ataques piratas. A presença permanente de fiscalização policial na região derrubou indicadores de violência e obrigou os criminosos a buscarem alternativas para transportar as drogas.
Estão sendo investidos R$ 4 milhões na implantação da nova Base Arpão. A estrutura policial está sendo montada em uma embarcação do tipo ferryboat, com serviços como revestimentos no casco, melhorias na parte elétrica, parte hidráulica, pintura, motores, adaptação de salas e escritórios, entre outros.
“A Base Arpão I, na calha do Solimões, já está funcionando há mais de dois anos e o resultado foi fantástico no combate à criminalidade, principalmente no tráfico de entorpecentes, e também do tráfico de armas e munições”, destaca o secretário de Segurança Pública, general Carlos Alberto Mansur.
A estrutura da nova base fluvial terá capacidade para comportar até 60 agentes de segurança, reunindo de forma integrada a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Marinha do Brasil e Força Nacional de Segurança Pública.
“A Base Arpão I funciona como um ponto de fiscalização fixo, permanente, onde todas as embarcações que trafegam pelo Solimões têm que parar lá para que haja uma fiscalização, tanto uma revista em busca de ilícitos de natureza narcótica ou qualquer tipo de crime, também como fiscalização com relação à documentação feita pela Marinha do Brasil que compõe a nossa operação”, explicou o secretário executivo do Gabinete de Gestão Integrada de Fronteiras e Divisas (GGI-F), capitão Diego Magalhães.
Avanços
De acordo com o titular da SSP-AM, a Base Arpão representa um avanço nas políticas públicas de segurança, levando em conta a atuação da criminalidade em áreas ribeirinhas, hoje mais seguras com a presença das forças de segurança.
“Hoje a população ribeirinha que está próxima à Base Arpão I se sente mais segura, tanto que nós temos depoimentos de ribeirinhos que no passado tinham que transportar o motor da sua embarcação para sua casa. Hoje essas populações deixam sua embarcação na praia sem ter que deslocar o motor. Isso transmite uma sensação de segurança para todas as comunidades ribeirinhas e até para as cidades do entorno”, destacou o secretário, acrescentando que o Governo do Estado também dispõe da estrutura da Base Fluvial Tiradentes, hoje ancorada no Médio Solimões, no município de Maraã.
Em Tabatinga, na tríplice fronteira, a Base Anzol foi reativada e funciona de forma integrada entre as forças de segurança estaduais e a Polícia Federal.
Ainda conforme o General Mansur, o objetivo é ativar novas unidades policiais em diferentes rotas fluviais, garantindo assim maior cobertura contra a ação de criminosos.
“Nossa ideia é blindar todo o estado do Amazonas com relação a tráfico de entorpecentes e armas colocando bases nas principais calhas dos rios. Temos em Coari e até o final do ano, ideia do Governo do Estado, lançar no rio Negro e, no futuro, no rio Amazonas e no rio Madeira. Com quatro bases, blindamos todo o estado. A segurança será muito reforçada e só vai trazer benefícios para todo o estado do Amazonas e toda a sociedade amazonense”, afirmou Mansur.
*Com informações da assessoria