“Não estamos brigando com os passageiros, estamos brigando com as plataformas”. Assim centenas de motoristas de carros e motocicletas por aplicativo paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira (15). Uma faixa da Av. do Samba, bairro Dom Pedro, Zona Centro-Oeste de Manaus foi fechada pelos veículos. Os trabalhadores requisitam taxas maiores de faturamento e medidas de segurança das plataformas.
Líder da equipe 01 Abtibol, Júnior Abtibol, reforça que as plataformas têm prezado pelo passageiro, mas não pelo motorista. Além da baixa porcentagem da tarifa repassada aos trabalhadores, a insegurança tem aumentado e não há medida de amparo tanto em relação à manutenção do veículo em caso de acidente quanto em caso de assaltos, por exemplo.
“É uma paralisação nacional. Estamos reivindicando melhorias. Elas [plataformas] não dão valor pra nós, elas dão valor ao passageiro. Elas exigem muitas coisas, mas esquecem de nós. Muitos de nós estão morrendo por falta de segurança na plataforma, se não for nós fazer nossa segurança, com Drive social, com rádio de monitoramento, a gente estaria perdido”, apontou o motorista por aplicativo.
A mobilização ocorre em várias capitais do país e na capital amazonense também há movimentação na Bola do Produtor, Zona Leste. Durante discurso houve uma “salva de vaias” aos motoristas que não se união a categoria na greve.
Dentre as reivindicações estão o pagamento de R$ 2 por quilômetro, fotos do passageiro para o motorista, psicólogo após assalto, assessoria jurídica após assalto, valor pelo cancelamento de R$ 5, tempo de espera de 3 minutos, auxílio funeral e o valor da taxa mínima a R$ 12.
“Queria deixar aqui, não sei se o prefeito está me ouvindo, mas se estiver nome ouvindo queria que ele viesse até a gente para estar regulamentando a nossa situação como está fazendo com os mototaxistas. Queremos ser inclusos nesse projeto”, membro da Central Unica dos Trabalhadores do Aplicativo, Marley Jader.
Fonte: A Acrítica
Foto: Júnior Matos