Após anos de disputa pública e judicial, o processo de Amber Heard e Johnny Depp finalmente chegou ao fim. O júri anunciou hoje o veredicto.
Após anos de disputa pública e judicial, o caso Amber Heard e Johnny Depp finalmente chegou ao fim. O mundo inteiro acompanhou seis semanas de testemunhos e depoimentos, e coube ao júri anunciar o veredicto: o intérprete de Jack Sparrow venceu o processo.
Foram três dias de reunião do júri para enfim chegar à deliberação final. Os sete jurados — duas mulheres e cinco homens — iniciaram as deliberações sobre os processos na sexta-feira, chegando a uma decisão unânime apenas nesta quarta-feira (01).
O júri concorda que Depp foi difamado pela ex-esposa e deve receber uma indenização por ter tido sua honra e reputação afetadas pelas alegações de Heard. Porém, o grupo decidiu que a compensação pelos danos será menor que o valor solicitado pelo ator no processo.
Sendo assim, Heard foi condenada a pagar US$ 15 milhões. Apesar do montante ser inferior aos US$ 50 milhões de indenização sugeridos pela defesa de Johnny, o caso foi uma vitória para o artista, restaurando a reputação do artista no tribunal de opinião pública.
Como o júri chegou ao veredicto
Os sete jurados iniciaram as deliberações sobre os processos na sexta-feira. Porém, com o feriado e o feriado Memorial Day nos Estados Unidos ontem, o grupo só retomou as conversas ontem.
Como é necessário unanimidade entre os jurados, o júri passou o dia inteiro em debate sem alcançar um veredicto. Ou seja, hoje foi o terceiro dia de reunião para enfim chegar à decisão final.
O júri de sete membros teve que analisar duas passagens específicas do artigo publicado por Amber Heard no jornal The Washington Post e o título do artigo para decidir se eles eram difamatórios.
O documento dos jurados possui instruções sobre como determinar isso, questionando se as declarações eram realmente sobre Johnny Depp, se eram falsas e se possuíam alegações difamatórias sobre o ator.
Para Heard ser considerada “culpada”, a atriz teria que ter agido com “real malícia” ao escrever o artigo, agindo com desrespeito à verdade, uma vez que o ex-marido era uma figura pública.
Vale destacar que, se os jurados considerassem que Heard tivesse sofrido uma única situação de abuso, o argumento de Depp de difamação seria falho.
Já em relação ao contra-processo de Amber, o formulário do veredicto do júri pedia que os jurados analisassem se o ex-advogado de Johnny fez ou publicou três declarações sobre Heard que eram falsas e foram vistas por outra pessoa que não a atriz. O júri também teve que ponderar se o advogado teria feito as declarações com malícia real.
O processo de Amber Heard e Johnny Depp
Para explicar os processos entre Amber Heard e Johnny Depp, é necessário voltar no tempo antes de o navio afundar de vez. O relacionamento dos artistas começou em 2011. Eles se casaram quatro anos depois.
Em 2016, Amber entrou com o pedido de divórcio, acompanhado de uma ordem de restrição contra o ator. A justificativa da medida solicitada por Heard foi o uso excessivo de álcool e drogas pelo ex-marido, além de acusações de agressão.
Nas audiências de separação, a atriz foi vista no tribunal com o rosto machucado, mas Depp negou as acusações. No ano seguinte, as celebridades firmaram um acordo.
Ao final de 2018, Amber publicou um artigo em que se descreveu como uma “figura pública que representa o abuso doméstico”, mas sem citar o nome de Johnny Depp.
Dois meses depois, o artista foi à Justiça pedir uma indenização de US$ 50 milhões da ex-esposa por ter sua honra manchada pelas alegações da atriz. Em resposta, Amber decidiu abrir um contra-processo de US$ 100 milhões pelo mesmo crime: difamação.