Depois de homenagear diferentes monumentos arquitetônicos no estado do Rio de Janeiro e contemplar importantes palácios e museus Brasil, o Festival Interativo de Música e Arquitetura (Fima) dedica a terceira edição, a homenagear os teatros históricos brasileiros, promovendo uma convergência lúdica entre música e arquitetura em alguns dos mais importantes templos da arte e da cultura.
A nova temporada se inicia nesta quinta-feira (05/10), às 20h, no Teatro Amazonas, com a renomada soprano Daniella Carvalho, sob a batuta do maestro Luiz Fernando Malheiro à frente da Amazonas Filarmônica. Participarão ainda o historiador Allan Diego Carneiro, a restauradora Judeth Costa e o arquiteto Marcos Cereto, que abordarão a história, memória e as riquezas arquitetônicas do centenário teatro.
O festival tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale por meio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet, além do apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. A entrada é gratuita.
O curador e diretor artístico do Fima, Pablo Castellar, destaca que um dos principais objetivos do evento é estabelecer uma conexão afetiva do público com os patrimônios históricos. No caso desta edição, com os teatros brasileiros.
“Edifícios que ao longo do tempo testemunharam importantes capítulos da trajetória artística do país. Através da música e da arquitetura, seremos transportados a diferentes momentos de nossa história, criando uma experiência multisensorial que unirá passado, presente e futuro. Uma jornada de reconhecimento e apreciação da rica tapeçaria que compõe a identidade cultural brasileira.” afirma Castellar, também idealizador do festival.
Além de Amazonas, os eventos acontecerão, até março de 2024, nos estados do Rio de Janeiro, Paraíba, Pará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, e Pernambuco, oferecendo concertos presenciais e virtuais, podcast, websérie, conteúdos interativos, aulas magnas e ações educativas para escolas.
*Concerto de abertura* – O concerto inaugural da terceira edição do Festival Interativo de Música e Arquitetura traz um repertório selecionado para dialogar com a história, a arquitetura eclética e a arte decorativa do Teatro Amazonas. O salão nobre do teatro terá suas características barrocas lembradas pela ária “Lascia ch’io pianga”, da ópera “Rinaldo”, de Handel.
O local também será celebrado com as canções “Acalanto da Rosa” e “Ouve o Silêncio”, do compositor manauara Claudio Santoro. Esta área do teatro também será enaltecida pela música “Canção de Amor”, da obra “Floresta do Amazonas”, de Heitor Villa-Lobos.
O programa segue com a obra “Prélude à l’après-midi d’un faune”, de Claude Debussy, que representa o universo da Belle Époque em que este teatro foi construído. Celebrando as pinturas de estrutura interna e os momentos memoráveis que este espaço abrigou ao longo de sua história, o programa segue com “Abertura de Tannhäuser”, uma das obras mais populares de Richard Wagner, que também irá celebrar os 25 anos de história do mais longevo e importante evento lírico do Brasil, o Festival Amazonas de Ópera (FAO).
Para comemorar os 26 anos da Amazonas Filarmônica será apresentado o “Intermezzo” da Ópera “Cavalleria Rusticana”, de Pietro Mascagni. Destacando a importância da elite da belle époque manauara, uma das óperas mais famosas de Puccini, “La Bohème”, pela ária “Donde Lieta Usci”. O concerto faz uma viagem no tempo até a estreia da primeira ópera encenada no teatro (1897), “La Gioconda”, de Amilcare Ponchielli. Dela, será apresentada ária “Danza delle Ore”, remetendo o público à primeira récita interpretada pela Companhia Lírica Italiana e regida pelo maestro Joaquim de Carvalho Franco.
Programa:
GEORG FRIEDRICH HÄNDEL (1685 – 1759)
Ária: “Lascia ch’io pianga” da Ópera: “Rinaldo”
CLAUDIO SANTORO (1919 – 1989)
“Acalanto da Rosa”
“Ouve o Silêncio”
CLAUDE DEBUSSY (1862 – 1918)
“Prélude à l’après-midi d’un faune” (Prelúdio para a Tarde de um Fauno)
HECTOR BERLIOZ (1803 – 1869)
“Nuits d’été” (Noites de Verão)
HEITOR VILLA-LOBOS (1887 – 1959)
“Canção de Amor”
RICHARD WAGNER (1813 – 1883)
“Abertura de Tannhäuser”
PIETRO MASCAGNI (1863 – 1945)
Ária “Voi lo sapete, o mamma” (Você sabe, mãe) da Ópera: “Cavalleria Rusticana”
“Intermezzo”
GIACOMO PUCCINI Giacomo Puccini (1858-1924)
Donde Lieta Usci, ária do 3º ato da ópera La Bohème
AMILCARE PONCHIELLI (1834 – 1886)
Ária: “Danza delle Ore” (Dança das Horas) da Ópera: “La Gioconda”
FOTOS: Teatro Amazonas – Marcio James/Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Maestro Malheiro e Soprano Daniella Carvalho/Divulgação