Dados foram divulgados pelo governo de Alberto Fernández, que usa o congelamento de preços como estratégia para combater a situação.
Com alta de 94,8% em 2022, a inflação registrada na Argentina foi a maior do país em 32 anos. Segundo dados divulgados na quinta-feira, 12, pelo Instituto Nacional de Estatísticas. Os números vieram após os resultados do mês de dezembro, que fecharam em alta de 5,1%, abaixo da máxima de 7,4% registrada em julho, mas levemente acima de novembro, quando o aumento foi de 4,9%. A taxa do IPC, o índice de preços ao consumidor, é a maior desde 1991, quando o aumento era superior a 1000% ao ano. Dessa vez, os setores que mais puxaram a alta são de vestuário e calçados, que subiu 120,8%, e restaurantes e hotéis, com 108,8%. A estratégia buscada pelo presidente Alberto Fernández para conter a alta é a de congelamento de preços. O governo federal havia anunciado em dezembro um acordo com empresas de alimentação e higiene para manter as cifras de 2 mil produtos de primeira necessidade até março deste ano.
Além de aumentos mensais de no máximo 4% para outros 30 mil artigos. A inflação é uma das principais preocupações da Casa Rosada. Apesar de apresentar queda de mais de 7% nos índices de desemprego, a perda do poder aquisitivo fez com que milhares de pessoas entrassem na linha da pobreza, que já atinge 36% da população. Terceira maior economia da região, a Argentina não sabe o que é ter uma inflação abaixo dos dois dígitos desde 2011, ainda no governo de Cristina Kirchner. Com eleições presidenciais marcadas para outubro de 2023, a equipe de Fernández tenta melhorar os números e entregar resultados, entre eles o ministro da economia, Sergio Massa, já prometeu taxas mensais em torno de 3% para 2023 sem deixar as finanças esfriarem.
Fonte: JP Notícias