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    Saúde

    Veneno de aranha brasileira pode ser alternativa ao Viagra, diz estudo

    O veneno da aranha da bananeira causa necrose no pênis mas, em pequenas doses, tem potencial para ajudar no tratamento da disfunção erétil.
    GUILHERME MORAESBy GUILHERME MORAES30 de setembro de 2023Nenhum comentário2 Mins Read
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    Cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desenvolveram um gel feito à base do veneno da Phoneutria nigriventer, conhecida como aranha da bananeira ou armadeira, que pode funcionar como uma alternativa ao Viagra, medicação usada para tratar a disfunção erétil.

    A Phoneutria nigriventer é uma das espécies de aranha mais tóxicas. O contato com grandes doses do veneno da espécie provoca ereções duradouras e dolorosas, que podem levar até à necrose do tecido peniano.

    No entanto, os pesquisadores descobriram que em quantidades menores, a substância presente no veneno produz efeitos semelhantes ao Viagra.

    Versão sintética de veneno da aranha

    O grupo da UFMG, liderado pela professora Maria Elena de Lima, desenvolveu uma versão sintética da molécula do veneno. Um gel de uso utópico à base da substância foi testado com sucesso em roedores.

    Os animais tiveram ereções momentos após o medicamento ser aplicado em suas virilhas. Os resultados positivos também foram observados em ratos mais velhos e com doenças como hipertensão e diabetes.

    De acordo com os pesquisadores, o veneno da aranha provoca a liberação de óxido nítrico no corpo, aumentando o fluxo sanguíneo para o pênis.

    Um teste piloto com um pequeno grupo de voluntários mostrou que o gel é seguro para uso em humanos, sem risco de toxicidade. Uma nova etapa do estudo deve ser feita com homens com impotência sexual. No futuro, os pesquisadores pretendem testar o medicamento em mulheres também.

    “É uma pesquisa inspirada pela nossa biodiversidade, que começa com o estudo do veneno de uma aranha e está próxima de gerar um possível medicamento. Isso ajuda a demonstrar por que a nossa fauna deve ser preservada: ela é uma fonte inesgotável de moléculas bioativas, e não conhecemos nem 1% desse potencial”, afirma Maria Elena.

    Fonte: Metrópoles
    Foto: Reprodução

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