Vendedores de tucumã relataram a baixa procura pelo fruto em Manaus e, consequentemente, os prejuízos nas vendas. O resultado veio logo após a divulgação de casos de infecção em Manacapuru. Segundo a categoria, os tucumãs são produzidos em Urucará, São Sebastião do Uatumã, Itacoatiara, Novo Remanso, Rio Preto da Eva e Itapiranga.
Ao todo, são quase 600 vendedores na capital, cada um com 2 a 3 funcionários.O vendedor João Luiz trabalha há cinco anos com venda de polpa de tucumã. Ele disse estar desesperado com a situação por conta do prejuízo de quase R$ 2 mil.”Estamos nos reunindo, pois o que aconteceu em Manacapuru, não tem nada a ver com Manaus.

Estamos sendo penalizados. Desde a semana passada, eu não trabalho e muitos outros colegas aqui também não. Muitas pessoas estão com medo pelo o que aconteceu”, contou.
Márcio Milton Gomes trabalha há três anos com a venda de tucumã. Ele tem uma banca na Avenida Boulevard, em Manaus, e disse que teve prejuízos e teme faltar alimentação em casa.”A gente quer que o governo ou prefeitura dê uma solução para nossa categoria.
Somos pais de família, dependemos do tucumã para vender e levar o sustento para dentro de casa, pagar nossas dívidas. Hoje em dia, estamos aqui” , disse.
No dia 14 de julho, a Secretaria Municipal de Saúde de Manacapuru emitiu um alerta para os moradores da cidade não consumirem tucumã.
A determinação veio após algumas pessoas da Comunidade do Irapajé, na Região do Rio Manacapuru, darem entrada no hospital local com casos de infecção alimentar.Mais de 40 casos por suspeita de Doença Transmitida por Alimento (DTA) são investigados pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS), incluindo o óbito de uma criança de oito anos.Conforme a Semsa, os moradores apresentaram sintomas como diarreia, náuseas, vômito, dor gástrica intensa e febre após a ingestão do fruto. Além disso, amostras do tucumã consumido pelas pessoas foram enviadas para a FVS, em Manaus, para que as mesmas possam ser analisadas.
fonte; G1