O brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 35 anos, preso após tentar matar a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, portava uma pistola Bersa 380 — de fabricação argentina — carregada com cinco balas, segundo informações da Polícia Federal à imprensa.
A tentativa de assassinato ocorreu na noite de quinta-feira (1º/9) quando Cristina acenava para simpatizantes na frente de sua casa no bairro da Recoleta, em Buenos Aires. Neste momento, Sabag Montiel levanta a mão esquerda com a arma, engatilha e tenta disparar o tiro. Cristina, então, se protege com aos mãos em frente ao corpo.
A ação do homem, que usava uma touca preta e uma máscara facial, chamou a atenção dos apoiadores da ex-presidente que o agarraram no meio da multidão.
Fernando Sabag foi detido em março de 2021. Na ocasião, ele acabou abordado por policiais por estar em um carro sem placa. Enquanto conversava com os agentes de segurança, uma faca de 35 centímetros caiu no chão. O brasileiro afirmou que andava com o arma, que foi apreendida, para defesa pessoal.
O homem seria natural de São Paulo, mas os pais não são brasileiros. Informações iniciais dão conta de que o pai é chileno e a mãe, argentina. O pai inclusive teria sido expulso do Brasil no ano passado.
Repercussão
“Cristina ainda está viva porque, por um motivo ainda não confirmado tecnicamente, a arma que tinha cinco balas não disparou, apesar de ter sido engatilhada”, disse o presidente da Argentina, Alberto Fernández. “É o fato mais grave desde que recuperamos a democracia”, afirmou o mandatário, em discurso à nação. Em função do atentado, o presidente decretou feriado nacional na Argentina nesta sexta-feira (2/9).
O ex-presidente da Argentina Mauricio Macri, opositor de Kirchner, escreveu no Twitter: “Meu repúdio absoluto ao ataque sofrido por Cristina Kirchner, que felizmente não teve consequências para a vice-presidente. Este gravíssimo fato exige um imediato e profundo esclarecimento por parte da Justiça e das forças de segurança.”
Fonte: metrópoles