A combinação de uma vacina experimental contra câncer de pele, desenvolvida pelas farmacêuticas Moderna, com o medicamento Keytruda, da Merck, foi capaz de reduzir o risco de morte e volta da doença em pacientes de um estudo clínico.
Os resultados preliminares da pesquisa foram apresentados no domingo, na reunião da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer (AACR, na sigla em inglês), em Orlando, nos Estados Unidos.
De acordo com os pesquisadores, a adição da vacina de mRNA – a mesma tecnologia utilizada no imunizante da Moderna contra a Covid-19 – ao tratamento com o Keytruda, que acelera a resposta imune, foi 44% mais eficaz do que a imunoterapia sozinha.
“Do ponto de vista terapêutico geral do câncer, este é um grande avanço em potencial”, disse o médico Ryan Sullivan, especialista em melanoma do Mass General Cancer, em comunicado.
Os novos dados apresentados no domingo adicionam detalhes sobre os resultados parciais divulgados pelas empresas parceiras em dezembro de 2022.
O estudo contou com pacientes que apresentavam alto risco de retorno do melanoma. Entre os 107 participantes que receberam a vacina experimental e o Keytruda, 24 (22,4%) tiveram o retorno do câncer dentro de dois anos de acompanhamento. Para os 50 tratados apenas com o Keytruda, o retorno do câncer foi observado em 20 (40%).
Sistema imunológico
A vacina da Moderna é projetada para treinar o sistema imunológico, ela é elaborada partir da análise de tumores retirados do paciente. O imunizante ensina o corpo a reconhecer e atacar mutações específicas de células cancerígenas.
O Keytruda pertence a classe de imunoterapias conhecidas como inibidores de ponto de verificação projetados para desativar ou matar a proteína que ajuda o câncer a escapar do sistema imunológico.
Fonte: Metrópoles