O verão amazônico permanece registrado com altas temperaturas em Manaus. O mês de setembro já registrou os dez dias mais quentes do ano até agora, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Conforme o meteorologista do Inmet em Manaus, Flávio Natal, informou o último sábado (24) registrou 37,8ºC – a maior temperatura do ano.
“Até o momento, todo os dez dias mais quentes do ano foram neste mês de setembro, nos dias 05 (36,3ºC), 11 (36,8ºC), 15 (36,2ºC), 20 (36,6ºC), 21 (37,4ºC), 22 (36,6ºC), 23 (36,2ºC), 24 (37,8ºC), 25 (37,5ºC) e 27 (36,5ºC)”, pontuou o meteorologista.
Eleições sob calor
Questionado sobre a previsão de temperatura para este fim de semana, em que acontece o primeiro turno das Eleições Gerais, Flávio Natal afirmou que está previsto um calor intenso, mas que há possibilidade de chuvas isoladas.
“[Está previsto] calor intenso com temperaturas máximas entre 35ºC e 37ºC, mas haverá muitas nuvens com chances de pancadas de chuva e trovoadas isoladas, especialmente no dia das eleições”, descreveu Natal.
Outubro quente
Em relação ao mês de outubro, o meteorologista acrescentou que deve continuar quente, pois o período das chuvas, conhecido como inverno amazônico, deve começar apenas em novembro.
“Outubro ainda é um daqueles meses muito quentes. Geralmente a estação chuvosa inicia em meados de novembro”, acrescentou o meteorologista.
Vazante acentuada
Nos últimos sete dias, o rio Negro desceu 170 centímetros em Manaus. Só nesta quarta-feira (28), o rio desceu 23 centímetros. O dobro do índice registrado no início do mês de setembro.
Em resposta à A CRÍTICA, a pesquisadora de geociências do Serviço Geológico do Brasil em Manaus (CPRM), Jussara Cury, informou que apesar da queda acentuada, a vazante do rio não foge dos padrões previstos pelo órgão.
“Mesmo com a decida acentuada nos últimos dias, o nível do rio Negro está na faixa da normalidade ainda apresentando cotas altas para o perído. Isso se dá muito em razão da grande enchente registrada neste ano”, informou Cury.
A pesquisadora ressalta que o principal fator que pode influenciar na vazante acentuada é a falta de chuvas na região amazônica, que deve permanecer até início de novembro.
“O que impacta na vazante é o período da estiagem como um todo. Ou seja, a ausência de chuvas na bacia do rio Negro, do Solimões e, principalmente, nas cabeceiras. Pelo gráfico da estação de Manaus é provável que a vazante continue no mês de outubro e se encerre no início de novembro. Mas, isso vai depender do regime de chuvas na bacia”, destacou a pesquisadora.
Fonte: Acritica