Prefeito endureceu o discurso contra a empresa porque o aplicativo estaria disponibilizando o serviço de moto-táxi, que é proibido no município desde 2018.
No começo deste mês, foi publicado decreto que estabelece a suspensão do Uber Moto na cidade de São Paulo. Mas, segundo o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), caso a Uber desrespeite a determinação, a empresa vai sofrer consequências: “Se a Uber realmente insistir, porque de concreto eu não tenho, eu vou chamar a Uber pessoalmente para uma conversa muito mais séria com eles. Porque não é possível que uma empresa venha se instalar na cidade e queira afrontar o poder público. Eu não quero guerra com eles, mas se eles querem guerra com a cidade de São Paulo, vão ter. Não tenho problema nenhum”. Nunes endureceu o discurso contra a Uber porque o aplicativo ainda estaria disponibilizando o serviço de transporte de passageiros com moto: “Seria ilógico que a gente autorizasse uma atividade dessa, sem regulamentação, sem um plano de segurança, sem a gente saber como vai repercutir na questão de geração de acidentes e, consequentemente, também em óbitos das pessoas”.
“Tudo o que acontece em São Paulo é de uma dimensão enorme. Tenho muita expectativa que a Uber não seja uma empresa irresponsável, eu acho que não é. É uma empresa que está sediada na cidade de São Paulo e que a gente tem o reconhecimento da sua importância. Eu acho que ela não faria isso”, declarou o prefeito. A modalidade conhecida como “Flash Moto” funciona em São Paulo desde 2021. Por meio de nota, a Uber disse que oferece viagens com passageiros de moto desde novembro de 2020 no Brasil e que sempre defendeu a coexistência de novas opções de modalidade, como os serviços tradicionais de transporte público, para trazer benefícios ao consumidor, “que passa a ter possibilidades de escolha”.
Vale lembrar que, em 2018, o então prefeito Bruno Covas assinou uma lei que proíbe a atividade de moto-táxi em São Paulo. O motorista que descumprir a regra terá que pagar uma multa de R$ 1.000 e corre o risco de ter a moto apreendida em caso de reincidência. “Tem um decreto da Prefeitura de São Paulo que não autoriza essa atividade. O DTP da Prefeitura de São Paulo e a Polícia Militar do Estado de São Paulo estão fiscalizando. Quem faz a apreensão é a Polícia Militar. Se você está fazendo uma atividade na cidade que não está autorizada, evidentemente que cabe aí fazer a apreensão da moto”, alertou Nunes. No Brasil, o presidente Lula (PT), durante o seu segundo mandato presidencial, regulamentou a atividade de moto-taxista em todo o país, mas cada município fica responsável por estabelecer regras para o funcionamento do serviço.
Fonte: JP Notícias