Operação encontrou arsenal com mais de 20 armas; artista anunciou encerramento da carreira após ataque
O sargento da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM) Saimon Macambira Jezini foi preso na manhã desta quarta-feira (1º) sob suspeita de ser o mandante do atentado contra o músico Eduardo de Souza Oliveira, conhecido como Dubarranco.
O ataque ocorreu no dia 9 de agosto, próximo ao Centro Social Urbano (CSU) do Parque 10 de Novembro, Zona Centro-Sul de Manaus. Na ocasião, o artista e a filha de 4 anos foram baleados quando uma moto se aproximou e um atirador disparou contra o carro onde estavam o músico e a família. Ambos sobreviveram.
A prisão do sargento faz parte da Operação Desbarranco, deflagrada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) em parceria com a Polícia Civil (PC-AM). Durante a ação, agentes apreenderam mais de 20 armas, dezenas de carregadores e centenas de munições em posse do militar.
De acordo com as investigações, Jezini teria dado a ordem para que o cabo Jobison de Souza Vieira — preso ainda em agosto — executasse o músico. O sargento foi encaminhado ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde deve prestar depoimento.
Além da atual acusação, Macambira já responde por pelo menos quatro homicídios qualificados, roubo e outros crimes militares.
Músico anuncia fim da carreira em casas de show
Um dia antes da prisão, na noite de terça-feira (30), Dubarranco publicou um comunicado nas redes sociais informando que não se apresentará mais em casas de show. O músico afirmou que seguirá apenas em eventos independentes de sua própria produtora.
“Encerro aqui a minha carreira em programação de casas de show, não foi uma decisão simples de tomar, mas Deus tem planos muito maiores em minha vida”, escreveu o cantor, agradecendo fãs, contratantes e parceiros musicais.
A motivação do crime ainda não foi confirmada pelas autoridades. O caso segue em investigação.