O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, nesta segunda-feira (26/6), que motim armado do grupo Wagner seria “destruído” mesmo sem o acordo para pôr fim à hostilidade. O líder do país comentou sobre o assunto pela primeira vez após sofrer a ameaça dos mercenários no sábado (24/6).
“Nenhuma chantagem vai ter resultados. Toda a sociedade russa, todos estávamos unidos pela responsabilidade, pelo destino da nossa terra mãe. Desde o começo houve esforços para neutralizar a ameaça do motim armado”, declarou Putin.
Durante o pronunciamento oficial, Putin agradeceu os camandantes e soldados da Rússia, que, segundo ele, evitaram o “derramamento de sangue”. Após quase três dias, o presidente russo fez um pronunciamento oficial à população russa para falar sobre o motim armado.
O presidente russo reforçou que a maioria dos integrantes do grupo Wagner é de patriotas. Putin ainda afirmou que manterá a promessa de não processar os mercenários que buscarem asilo em Belarus — o líder do país, Alexander Lukashenko, teve um “papel fundamental” no acordo entre os mercenários e o Kremlin.
Mais cedo, o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, comunicou que a marcha a Moscou, abortada após negociações com o governo russo, tratava-se de um protesto contra o Ministério da Defesa e não tinha objetivo de derrubar Putin.
Em um vídeo de 11 minutos, Prigojin afirmou que a marcha em direção a Moscou revelou “problemas de segurança muito sérios”. Ele também criticou as forças militares da Rússia. Segundo ele, a invasão à Ucrânia terminaria “muito mais cedo” caso atuassem com a mesma eficácia do grupo Wagner.
Para Prigojin, caso os mercenários do Wagner tivessem realizado o primeiro ataque no ano passado – primeira investida das forças russas em fevereiro de 2022 –, “a operação militar especial na Ucrânia” teria acabado “muito mais cedo”.
Fonte: Metrópoles
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