Presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino visitou a seleção brasileira em Barcelona, onde o grupo está concentrado para o amistoso contra Guiné, marcado para o próximo sábado, 17. No encontro, o mandatário conversou com o chefe da CBF, Ednaldo Rodrigues, e o atacante Vinicius Júnior, vítima de racismo no futebol espanhol. Na reunião, Infantino discursou para os atletas da Canarinho e reiterou a luta da entidade contra casos de discriminação no futebol, principalmente quanto a atos racistas, dentro e fora do gramado. “Se há racismo, o jogo tem que parar! Basta!”, declarou. “Não temos apenas que falar. Temos que ser contundentes! Chega! Basta! O Brasil é o país mais importante do futebol mundial e estamos unidos com a CBF para que outras federações possam também agir de forma firme contra as discriminações nos estádios, nas redes sociais, no universo que envolve o futebol”, continuou o suíço.
Ainda no encontro, o presidente da Fifa afirmou que a entidade vai criar uma comissão, com a participação de atletas, para discutir propostas de combate ao racismo no futebol. O movimento acontece após Vinicius Júnior, do Real Madrid, ser chamado de “macaco” por torcedores do Valencia, tornando assunto mundial. Na esteira dos acontecimentos, CBF e Real Federação de Futebol da Espanha anunciaram um amistoso “contra o racismo” entre as duas seleções em março de 2024, no estádio Santiago Bernabéu. “Somos a primeira federação do mundo a estabelecer perda de pontos como punição para essas situações no Regulamento Geral das Competições. E temos que ir além. No Brasil, semanas atrás, um torcedor foi identificado após ofensas racistas e acabou preso. Racismo é crime, não pode haver tolerância com crimes. Esperamos que a sociedade como um todo abrace essa causa. Que a imprensa reforce isso. A CBF quer que através do futebol o mundo volte a ser mais alegre”, declarou Ednaldo.
Fonte: JP Notícias
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