Autoridades de saúde da Suécia e Canadá confirmaram, nesta quinta (31/8), que identificaram pacientes com Covid-19 causada pela cepa BA.2.86 do coronavírus. Apelidada de Pirola, a variante já foi identificada em vários países, incluindo Reino Unido, EUA, Israel, Dinamarca, África do Sul, Portugal, Tailândia e Suíça.
A mutação do coronavírus foi detectada pela primeira vez em Israel e na Dinamarca no início de agosto. A cepa carrega mais de 30 mutações na proteína spike, parte do vírus visada pelas vacinas, o que levanta preocupações sobre a capacidade de defesa dos imunizantes contra a cepa.
No entanto, até agora, não há evidências de que a Pirola seja mais transmissível ou letal do que outras variantes anteriores, como a Ômicron.
Variante se espalhando
O primeiro caso identificado na Suécia foi no início de agosto, e já foram diagnosticados quatro pacientes com a variante desde então. As autoridades da saúde da província canadense Colúmbia Britânica (BC, sigla em inglês) não se surpreendem com a aparição do vírus no país pela primeira vez.
“Não foi inesperado que a BA.2.86 aparecesse no Canadá. A Covid-19 continua se espalhando e se adaptando a nível mundial. Até agora, porém, não parece haver aumento da gravidade desta cepa — o paciente diagnosticado não está hospitalizado”, afirmam, em declaração conjunta, a Oficial Provincial de Saúde Bonnie Henry e o Ministro da Saúde de BC Adrian Dix.
Os especialistas estão preocupados porque é difícil rastrear e monitorar novas variantes, já que com a queda do número de mortes houve uma redução dos esforços de sequenciamento genético do coronavírus.
“À medida que o vírus continua a evoluir, a sociedade está se adaptando e desenvolvendo imunidade. No entanto, é essencial continuar a vigilância e a pesquisa para entender melhor o impacto dessa nova variante”, destaca um porta-voz da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês), em entrevista ao Daily Mail.
Fonte: Metrópoles
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