A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (15) uma operação para prender um grupo criminoso suspeito de tráfico internacional de drogas. Ao todo, nove mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão são cumpridos em Pernambuco, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Amazonas.
De acordo com a corporação, as investigações da Operação Corona começaram após a apreensão de um avião com 650 quilos de cocaína no Aeródromo da Coroa do Avião, em Igarassu, no Grande Recife. Isso ocorreu em abril de 2020.
Segundo a Polícia Federal, a quadrilha tentava exportar o entorpecente para a Europa, pelo Porto de Suape, no Litoral Sul, em meio a uma exportação de sucata. Somente entre janeiro e abril de 2020, mais de R$ 116 milhões foram movimentados no esquema criminoso.
Além do tráfico, são investigados os crimes de financiamento do narcotráfico, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas podem chegar, isoladamente, a mais de 20 anos de reclusão.
Na época da apreensão do avião com cocaína, foram presos o piloto, o copiloto e outras pessoas envolvidas no descarregamento da droga. O total de detidos e os nomes deles não foram divulgados.
Após essas prisões, a PF identificou a criação de empresas de fachada para movimentar o dinheiro para o crime organizado transnacional. A maioria das empresas fica no estado de São Paulo.
Os mandados são cumpridos nos seguintes locais:
Praia Grande (SP): um de prisão e dois de busca e apreensão;
Paulínia (SP): um de prisão e um de busca e apreensão;
Ribeirão Preto (SP): dois de prisão e quatro de busca e apreensão;
Serrana (SP): um de prisão e dois de busca e apreensão;
Guatapará (SP): um de prisão e um de busca e apreensão;
Itaquaquecetuba (SP): dois de busca e apreensão;
Poá (SP): um de busca e apreensão;
Campo Grande (MS): um de prisão e um de busca e apreensão
Recife (PE): um de prisão e um de busca e apreensão;
Manaus (AM): um de prisão;
Coari (AM): um de busca e apreensão.
O nome da operação, Corona, se deve ao fato de a palavra, que é espanhola, significar “coroa”, em português. Trata-se de uma referência a Coroa do Avião, local em que a droga foi apreendida, além da pandemia de Covid-19.