Estudo acadêmico observou que aparência facial pode dar pistas sobre possíveis doenças futuras, por exemplo, catarata e osteoporose.
Se for errar a idade, que seja para menos. Aparentar ser mais velho do que a verdadeira idade sugere pode gerar incômodo na autoestima de algumas pessoas. No entanto, é válido também gerar preocupação para a saúde.
De acordo com estudo publicado no periódico British Journal of Dermatology, pessoas com aparência mais nova do que realmente têm de idade são até um quarto menos propensas a sofrer de problemas médicos, como catarata.
Na pesquisa, feita por acadêmicos da Holanda, 2.700 pessoas, com idades entre 50 e 90 foram, interrogadas sobre suas doenças médicas para tentar descobrir tendências.
Em resumo, o estudo aponta: “Parecer mais velho para a idade cronológica está associado a uma maior taxa de mortalidade. No entanto, ainda não está claro como a idade facial percebida se relaciona com a morbidade e o grau em que o envelhecimento facial reflete o envelhecimento do organismo”.
O tabagismo foi determinante para o resultado do experimento. Cerca de 60% das pessoas com aparência mais jovem do que a idade cronológica fumavam com menos frequência do que aqueles que aparentavam ser mais velhos.
De todas as pessoas, os pesquisadores reuniram fotos, tiradas de frente e de lado, sem maquiagem ou joias. Depois de estimar as idades e analisar o estilo de vida de cada um, os pesquisadores constataram que os grupos que pareciam cinco anos mais jovem tiveram melhor desempenho em testes cognitivos.
O mesmo grupo apresentou menor chance de desenvolver doença pulmonar obstrutiva crônica, osteoporose e perda auditiva por idade.
Os pesquisadores disseram que as descobertas, meramente baseadas em evidências observacionais, apoiam a ideia de médicos que usam a idade de alguém como uma “pista de diagnóstico”. O estudo não examinou as razões por trás dessa descoberta.
A equipe acredita que o processo biológico que faz com que o rosto pareça mais velho – como menos gordura e o desenvolvimento de rugas – também está por trás das mudanças no tecido e na densidade óssea, que estão ligadas a problemas de saúde.
Fonte: Metrópoles