Durante operação da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) quatro pessoas foram presas na quarta-feira (5) por ocupação irregular em uma Área de Proteção Permanente (APP), com acesso pela rua Rio Piorini, no Conjunto Viver Melhor, bairro Lago Azul, zona Norte de Manaus. A invasão, segundo a Polícia, teria ligação com tráfico de drogas da região.
A operação contou com os agentes do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), Grupo Integrado de Prevenção a Invasões em Áreas Públicas (Gipap), 26ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom) e servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) e Superintendência da Habitação (Suhab), que desmontaram pelo menos 30 barracas já construídas no local.
Por se tratar de uma área de proteção e por conta do rastro de destruição deixada pelos ocupantes irregulares, que derrubaram buritizeiros e a caçaram animais silvestres da região, as cinco pessoas foram presas por crime ambiental.
Ainda conforme a polícia, essa é a segunda vez que o grupo tentou ocupar o local e o suposto chefe do grupo, seria um ex-pistoleiro da facção criminosa FDN, Maxwell Paulo da Silva, conhecido como “007 da Cidade Nova”.
Em um áudio mandado por meio de um aplicativo de mensagens, Maxwell passa orientações para o grupo que a invasão ocorreria por volta da meia-noite e que eles já deveriam levar os materiais para a construção dos barracos, de preferência compensado e telhas. No mesmo áudio, ele alerta sobre o que fazer com a chegada da polícia.
“Podem ficar cientes que vai ‘embaçar’, mas o ‘mano’ já está correndo atrás do papel e o advogado foi fazer o ‘corre’ dos documentos para respaldar ‘nóis’. Quando eles (polícia) chegarem lá, não é pra ‘arregar’ não, eles não vão sair matando e vocês já começam a ligar pra reportagem, tem uma irmã que tem uns contatos de repórteres, que vai nos ajudar também”, diz o suspeito no áudio.
Velho conhecido da polícia
Maxwell Paulo da Silva, o “007 da Cidade Nova” já possui várias passagens pela polícia. Em 2019, ele foi preso por homicídio simples, quando tentava tirar uma carteira de identidade no 17º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Ele também já foi preso três vezes por crimes previstos na Lei Maria da Penha.
Em 2018, ele espancou a ex-companheira por não aceitar o fim do relacionamento e a ameaçou de morte. Ele ficou foragido e chegou a postar nas redes sociais, mensagens desafiando a Polícia Civil do Amazonas a prendê-lo e que para isso, “teriam que dar o seu melhor”. Maxwell também já foi preso em 2013 por tráfico de drogas.
Fonte: A Acrítica