De acordo com um levantamento da ClearSale, empresa especializada em soluções antifraude, o Brasil registrou uma diminuição de 27,3% do número de fraudes no comércio eletrônico no primeiro trimestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado. Tentativas de fraudes registraram 3,9%, entre mais de 38 milhões de pedidos feitos no e-commerce durante o período de janeiro a março de 2023. De acordo com Matheus Manssur, que é head comercial da ClearSale, dados mostram certa desaceleração no volume das práticas criminosas em vendas online. Entretanto, vendedores e consumidores devem se manter vigilantes, já que o número segue em patamar elevado: “A gente é bombardeado por e-mail falsos de promoções. Às vezes vem um valor muito baixo, ou uma promoção de algo que realmente não é tão real. O que agente recomenda é que se olhe o e-mail, de onde realmente ele está vindo, quem está enviando o e-mail, qual o tipo de promoção”.
“É bom verificar se você consegue entrar no site oficial sem ser pelo link que enviaram, confere se aquele produto em outras lojas tem um preço parecido e nunca coloque seus dados diretamente em um e-mail, nunca manda seus dados cadastrais, principalmente senha de sites que você costuma utilizar pelo e-mail. Essas são as dicas mais comuns que a gente dá e que resolve bastante nossos problemas. Existem outras formas de segurança, você pode colocar uma senha mais difícil nos sites que cadastra, você pode ter cuidado com seu celular, para não ter passagem de informação do seu banco e do seu cartão de crédito, já que usamos bastante celular para pagamentos”, alertou Manssur.
Segundo a pesquisa da ClearSale, o ticket médio das fraudes foi de R$ 1.263, valor 9,4% maior em relação ao primeiro trimestre de 2022. O segmento que mais sofreu tentativas de fraude neste período foi o de Eletrônicos (5,1% das compras e ticket médio de R$ 2.816), seguido de Acessórios (4,2% e R$ 999), Automotivo (4,1% e R$ 1.308) e Móveis (3,9% e R$ 698). O advogado especialista em direito digital, Alex Santos, indicou que é preciso aprimorar os mecanismos de fiscalização e investigação de fraudadores: “Como identificar os fraudadores que estão protegidos, de certa forma, pela internet e pelo anonimato? Como chegar até essas pessoas? Por isso é muito importante ter um trabalho conjunto da polícia e escritórios de advocacia especializados em direito digital e que tem um know-how necessário para identificar estes fraudadores e fazer com que sejam punidos, tanto na esfera criminal, ou na esfera cível”.
Fonte: JP Notícias
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