Conhecido por ser dono da Tesla, Twitter e Space X, Elon Musk também comanda a Neurolink, empresa de neurotecnologia. No entanto, a tecnologia usada pelo bilionário é fruto da pesquisa de um brasileiro, roubada e posteriormente vendida para Musk.
O projeto Neuralink foi completamente baseado em um estudo do médico e neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, considerado mundialmente como um dos pioneiros na pesquisa da relação entre o cérebro e a máquina.
Hoje, a Neuralink é uma empresa bilionária, sendo uma das grandes apostas do empresário para os próximos anos. Apesar de pouco avanço em humanos, Musk acredita que a empresa mudará de uma vez por todas a nossa relação com equipamentos eletrônicos e a internet.
Todavia, precisamos explicar quem é Miguel Nicolelis e qual a sua relação com o surgimento da Neuralink.
Quem é Miguel Nicolelis
Trata-se de um médico e cientista brasileiro que ganhou fama e reconhecimento mundial pelos seus feitos na neurociência, com especialidade em pesquisas a respeito da interface cérebro-maquina, auxiliando na reabilitação de pessoas com dificuldades de locomoção e até paraplégicos.
Miguel se formou em medicina pela Universidade de São Paulo, onde também fez doutorado em ciências. Após esse período no Brasil, ele foi para os Estado Unidos estudar fisiologia e biofísica na Universidade de Hahnemann.
O brasileiro se destacou em terras americanas, se tornando professor titular de neurobiologia e engenharia biomédica na Universidade de Duke. Foi lá que ele liderou uma equipe de pesquisadores no desenvolvimento de exoesqueletos robóticos controlados por sinais cerebrais, algo completamente inovador e nunca visto no meio científico até aquele momento.
Em 2014, na abertura da Copa do Mundo do Brasil, Nicolelis liderou o projeto chamado Andar de Novo, que desenvolveu um exoesqueleto robótico controlado totalmente por atividades cerebrais.
Na ocasião, Juliano Pinto, de 29 anos de idade, entrou em campo, na Arena Corinthians, para dar o chute simbólico de início do mundial usando um exoesqueleto e controlado totalmente por atividades cerebrais.
Apesar de passar na TV por apenas alguns segundos, o mundo começou a entender que seria possível realizar ações antes inimagináveis só com a força do pensamento. Talvez esse tenha sido o pontapé inicial para Elon Musk investir pesado neste segmento.
O que faz a Neuralink
Já a Neuralink é uma empresa de neurotecnologia fundada por Elon Musk, em 2016. Diferentemente dos estudos de Nicolelis, a empresa de Musk desenvolve interfaces que conectam diretamente o cérebro humano aos sistemas eletrônicos.
A ideia da Neuralink é permitir a comunicação dos humanos com máquinas de forma mais rápida e eficiente. A principal diferença é que a Neuralink quer fazer essa conexão com a implantação de um chip diretamente no cérebro.
Por fim, essa conexão se bem sucedida, permitira que as pessoas enviem e recebam informações através do chip, possibilitando o controle de todos os tipos de dispositivos eletrônicos, como celulares, computadores, TVs e muito mais.
Como Miguel Nicolelis influenciou a criação da Neuralink
Os estudos liderados por Miguel Nicolelis foram fundamentais para a criação da empresa do bilionário sul-africano. De forma controversa e indireta, a Neuralink usou boa parte das descobertas do cientista brasileiro, apresentando tudo isso como algo inovador e revolucionário desenvolvido pela empresa de Elon Musk.
Entretanto, em 2003, Miguel tornou público os resultados dos seus trabalhos comprovando a viabilidade de interfaces que possibilitam a comunicação direta entre o cérebro humano e máquinas, como robôs e eletrônicos.
Ou seja, foi com a publicação dos resultados de Nicolelis que o mundo soube que era possível controlar os movimentos, enviar e receber sensações por meio de sinais elétricos enviados e recebidos pelo cérebro.
A ideia de Nicolelis é que seja possível ajudar pessoas com pouca ou nenhuma mobilidade a recuperar a sensibilidade e até voltar a andar com auxílio de exoesqueletos. Dessa forma, somente em pensar em mexer o braço, o exoesqueleto iria realizar esse movimento.
Barreira da religião
Outro grande problema que o chip do Elon Musk certamente vai encontrar para crescer no mercado é a barreira religiosa em todo o mundo.
A possibilidade de instalar um chip no corpo humano é algo muito mal visto para várias religiões. Exceto caso que seja realmente muito necessário, muitas pessoas irão preferir algo menos invasivo.
Possíveis problemas de saúde
Segundo Nicolelis, os pesquisadores da Neuralink levaram a morte de 17 de 23 macacos utilizados para testes nos laboratórios da empresa. Por conta disso, é fácil de se imaginar que o corpo humano pode não aceitar muito bem esse chip.
E em caso de problemas de saúde em massa nos clientes, grandes processos podem ser abertos, levando a falência financeira do projeto por conta das indenizações que precisarão ser pagas pela Neuralink.
Fonte: Click Petróleo e gás
Foto: Reprodução