Uma mulher de 43 anos, identificada como Abigail Jo Shry, foi detida no Texas, Estados Unidos, na quarta-feira, 16, por supostamente fazer ameaças de morte com insultos racistas contra a juíza afroamericana responsável pelo caso de conspiração contra o ex-presidente Donald Trump por tentar alterar o resultado da eleição de 2020, informam documentos judiciais. Em 5 de agosto, Jo Shry deixou uma mensagem telefônica para a juíza federal Tanya Chutkan em Washington DC com ameaças contra a magistrada, segundo uma denúncia apresentada por um agente do Departamento de Segurança Nacional (DHS). “Se Trump não for eleito em 2024, nós vamos matá-la, então tenha cuidado”, ameaçou a acusada, antes de acrescentar que a família de Chutkan também era um alvo. Na ligação, Jo Shry também ameaçou matar qualquer pessoa que perseguir Trump e mencionou a congressista afroamericana democrata pelo Texas Sheila Jackson Lee, segundo os documentos.
A mulher de 43 anos, moradora de Alvin, Texas, chamou Chutkan de “escrava negra estúpida” e ameaçou: “Você está na nossa mira, nós queremos matar você”, de acordo com o documento apresentado a um tribunal federal no distrito sul do Texas. Na quarta-feira, um juiz ordenou a detenção de Jo Shry e determinou que ela compareça a um tribunal. Trump, 77 anos, é atualmente o favorito entre os republicanos para disputar a eleição presidencial de 2024, mas enfrenta quatro processos judiciais. Nascida na Jamaica, Chutkan foi nomeada pelo ex-presidente democrata Barack Obama e confirmada por unanimidade pelo Senado em junho de 2014. A juíza federal, de 61 anos, foi sorteada para supervisionar o julgamento histórico do 45º presidente dos Estados Unidos por acusações de conspirar para reverter o resultado da eleição de 2020, vencida pelo democrata Joe Biden, que agora busca a reeleição.
Há dois anos, Chutkan rejeitou uma ação de Trump na qual o republicano alegava que, como presidente, não poderia entregar documentos a um comitê do Congresso que investigava o ataque ao Capitólio de seus simpatizantes em 2021. Ela respondeu que “presidentes não são reis” e que Trump não estava mais no cargo. Os julgamentos sobre o ataque ao Capitólio acontecem em Washington e Chutkan presidiu quase 30 deles, proferindo algumas das sentenças mais severas contra apoiadores de Trump envolvidos nos eventos.
Fonte: JP Notícias
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