Em decisão histórica, OMS aprova vacinação contra malária
Medida beneficiará regiões que apresentam alto risco para a doença, como África e Amazônia, por exemplo

Em uma decisão histórica, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou nesta quarta-feira, 6, a vacinação em massa de crianças em áreas que registram alta transmissão de malária. A medida deve beneficiar os países da África Subsaariana e outras regiões que apresentam alto risco para a doença. Populações ribeirinhas da Amazônia, região endêmica para a doença, também serão beneficiadas.
“A vacina antimalárica, tão esperada para crianças, é um progresso da ciência, da saúde infantil e da luta contra a malária”, declarou em nota o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Mosquirix é produzido pela GlaxoSmithKline e é administrado em quatro doses em crianças a partir de cinco meses de idade. Para o diretor-geral, a distribuição da vacina nos países afetados pela malária “pode salvar dezenas de milhares de jovens todos os anos”. A malária está entre as doenças infecciosas e mortais mais antigas que se tem conhecimento.
Mesmo com a eficácia de 30%, o que é considerado baixo, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) autorizou o uso no continente em 2015 por considerar que os benefícios superam os riscos.
A malária é uma doença infecciosa, que provoca febre e calafrios e é potencialmente grave. Ela é causada pelo parasita Plasmodium e o grau de gravidade depende do tipo de mosquito do gênero Anopheles que infecta a pessoa.