Manaus – A Justiça já recebeu o laudo pericial que comprova a manipulação de um áudio usado para tentar incriminar a empresária e ativista Cileide Moussallem. O material, agora confirmado como fraudulento, foi divulgado pelos portais Imediato e Revista Cenarium em uma tentativa de destruir a reputação da fundadora do CM7 Brasil. Um laudo pericial independente revelou uma grave manipulação digital no áudio divulgado, com cortes, colagens e possível uso de inteligência artificial (IA) para alterar a voz original. O documento técnico, assinado por Diogo Antônio Cardoso Lopes — perito judicial credenciado em tribunais estaduais e federais — identificou claramente sinais de adulteração no conteúdo. Segundo o parecer, o áudio intitulado “ci.mp3”, de apenas 5,9 segundos, apresenta uma quebra abrupta no meio da fala, sem transição natural, além de uma retomada vocal artificial, marcada pela ausência de pausas fisiológicas e variações típicas da fala humana. Para o perito, essas características evidenciam edição proposital com o objetivo de comprometer a imagem da empresária.

“O trecho final do áudio apresenta características compatíveis com geração por IA ou colagem digital. A estrutura espectral, a curva de energia e a ausência de elementos naturais da fala são evidências claras de manipulação”, afirma o laudo.



O mais grave é que o áudio manipulado foi utilizado por veículos como o Imediato — dirigido por Álvaro Corado — e repercutido pela Revista Cenarium, como suposta prova de um crime inexistente. Sites aliados ao grupo chegaram a envolver órgãos oficiais como a Polícia Civil e o Ministério Público para dar aparente legitimidade às acusações infundadas, numa tentativa orquestrada de destruir reputações com base em falsificações tecnológicas. A farsa, agora desmascarada, levanta um alerta sobre o uso da inteligência artificial em ataques políticos e pessoais. “Estamos diante de um caso emblemático de desinformação digital, onde a tecnologia foi usada para fabricar prova falsa com a intenção de manchar a honra de uma mulher atuante e influente na política e na comunicação do Norte do Brasil”, destaca a advogada Ana Paula da Silva Bezerra, que representa a CM7 Comunicação. A equipe jurídica da empresária já prepara ações judiciais contra os envolvidos, incluindo os portais que divulgaram o conteúdo adulterado, seus responsáveis diretos e possíveis agentes públicos que possam ter colaborado com a disseminação do material.
fonte; CM7