Manaus (AM) – O homem de 42 anos que ficou nacionalmente conhecido por empurrar o corpo do próprio pai, já sem vida, em uma cadeira de rodas pelo Centro de Manaus foi preso na quarta-feira (18), desta vez por ameaçar e injuriar sua ex-namorada, de 22 anos. A prisão foi efetuada pela Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM) Centro-Sul, da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM).
De acordo com a polícia, o suspeito não aceitava o fim do relacionamento e passou a perseguir e intimidar a ex-companheira. Em uma das ocasiões, no último dia 13, ele foi até a casa da jovem e fez ameaças verbais, registradas por câmeras de segurança da residência. Nas imagens, é possível ouvir o homem afirmando ter matado o próprio pai e insinuando que faria o mesmo com a vítima.
“O comportamento dele revela não apenas o desrespeito à vida do próprio pai, mas também representa um risco claro à integridade física da ex-namorada”, afirmou o delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga. O caso envolvendo o idoso ainda está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).
A delegada Patrícia Leão, titular da DECCM Centro-Sul, informou que a vítima procurou a delegacia com as provas das ameaças, o que levou à solicitação imediata de uma medida protetiva de urgência e do mandado de prisão preventiva, ambos concedidos pela Justiça.
“O relato e as imagens apresentadas demonstraram a gravidade da situação. Ele chegou a dizer que, se matou o próprio pai, matar ela seria ainda mais fácil. Isso nos motivou a agir com rapidez para proteger a vítima”, explicou a delegada.
Após dois dias de buscas sem sucesso, o homem foi localizado em um campo na área conhecida como “Buracão”, no bairro Parque Dez de Novembro, onde teve a prisão cumprida. A polícia ressaltou que a ampla repercussão do caso ajudou a acelerar os procedimentos legais.
Ainda segundo Patrícia Leão, a vítima chegou a dar uma nova chance ao agressor após o término, mas decidiu romper definitivamente a relação ao tomar conhecimento da conduta dele com o pai e diante das ameaças.
“O caso reforça a importância da denúncia e o papel das delegacias especializadas na proteção das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar”, finalizou a delegada.