Cinco dos seis indicadores monitorados pela confederação tiveram resultados positivos na comparação anual.
O encerramento do ano de 2022 registrou resultados positivos para a indústria brasileira. Cinco dos seis indicadores monitorados pela Confederação Nacional da Indústria tiveram resultados positivos na comparação anual. Segundo a economista da CNI, Larissa Noco, contribuíram para a melhora fatores como a reorganização das cadeias de suprimentos, a desaceleração inflacionária e a atividade econômica mais aquecida. “De forma específica, o mês de dezembro trouxe resultados ambíguos. Então, houve recuo no faturamento e na utilização da capacidade instalada, houve estabilidade do emprego e houve o avanço tanto na massa salarial quanto no rendimento médio do trabalhador da indústria de transformação. Houve também avanço no número de horas trabalhadas na produção. Quando nós olhamos o agregado do ano, já há avanço de cinco dos seis indicadores acompanhados”, analisa ela.
O número de horas trabalhadas na indústria aumentou 0,6% em dezembro, em relação ao mês anterior. Se comparado a 2021, o aumento é de 2,7%. O emprego na indústria permaneceu estável pelo segundo mês consecutivo, mostrando uma tendência de desaceleração depois de sucessivas altas entre 2020 e 2022. Esse crescimento, comparado a 2o21, chega a 1,5%. A massa salarial também avançou em dezembro e na comparação com 2021. O rendimento médio real dos trabalhadores da indústria avançou 0,8% em dezembro em relação a novembro. Ao longo de 2022, foram sete altas em 12 meses. No acumulado de janeiro a dezembro, o avanço é de 2,1%. O faturamento do setor subiu 2,8% em 2022 na comparação com 2021. Em dezembro, no entanto, caiu 0,4%, quando comparado a novembro.
“Quando nós olhamos para as variáveis financeiras, tanto faturamento quanto o rendimento médio do trabalhador e a massa salarial, as variáveis vinham de uma situação mais delicada no fim de 2021, quando a inflação estava bem acelerada, e, ao longo de 2022, já mostra uma recuperação ao longo do ano”, comenta a economista. O destaque negativo ficou por conta da utilização da capacidade instalada, que recuou em dezembro e na comparação com 2021.
Fonte: JP Notícias