Durante a ofensiva conduzida no último domingo (22), os Estados Unidos decidiram não utilizar bombas antibunker em todas as instalações nucleares do Irã. A escolha estratégica foi explicada pelo general Dan Caine, Chefe do Estado-Maior Conjunto, em uma reunião com senadores realizada na quinta-feira (26).
Segundo o general, a instalação nuclear localizada em Isfahan possui uma profundidade tão significativa que até mesmo a poderosa bomba Massive Ordnance Penetrator teria eficácia limitada. Essa foi a primeira justificativa oficial para a ausência desse tipo de armamento no alvo específico.
Fontes norte-americanas apontam que quase 60% do estoque de urânio enriquecido do Irã — essencial para a eventual construção de armamento nuclear — estaria armazenado em estruturas subterrâneas de Isfahan.
Durante o ataque, os bombardeios com aeronaves B-2 Spirit lançaram várias bombas antibunker sobre as instalações de Fordow e Natanz. Já em Isfahan, o ataque foi conduzido com mísseis Tomahawk disparados por um submarino dos EUA.
De acordo com uma análise inicial feita pela Agência de Inteligência de Defesa dos EUA, os ataques não eliminaram componentes-chave do programa nuclear iraniano, como o urânio já enriquecido. As ações podem ter apenas atrasado o avanço do programa por alguns meses. Há também suspeitas de que o Irã tenha transferido parte do material nuclear antes dos bombardeios.