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    Educação

    Como pandemia, bicos, regras rígidas e desânimo levaram à maior crise da história do Enem

    Resultados mostram cenário de ampliação das desigualdades de oportunidades educacionais com queda no número de inscrições.
    GUILHERME MORAESBy GUILHERME MORAES17 de junho de 2023Nenhum comentário4 Mins Read
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    Principal porta de entrada para universidades públicas e privadas do país, o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi criado em 2003 com a missão de democratizar o ensino superior, e chegou a ter 8,7 milhões de inscritos em 2014.

    Mas a queda no número de participantes, registrada de forma contínua desde 2016, atingiu justamente o seu público-alvo: os alunos mais vulneráveis. 

    São justamente aqueles que utilizam a nota do exame para acessar os mais diversos tipos de ensino, público ou privado, presencial ou a distância, seja por meio de bolsas, seja utilizando Sisu, ProUni ou Fies.

    Isso aumenta ainda mais a desigualdade na possibilidade de acesso à universidade, segundo Ricardo Henriques, superintendente-executivo do Instituto Unibanco, um dos responsáveis pelo estudo “Oportunidades educacionais de estudantes concluintes do ensino médio: um estudo do Enem entre 2013 e 2021”, publicado na última semana.

    A situação levou o presidente Lula a apelar, dias atrás, aos estudantes para que se inscrevessem para prestar o exame. “É importante que todos que queiram fazer uma universidade se inscrevam, para ter a oportunidade de ser doutor ou doutora”, disse ele.

    “Na rede privada, 90% dos estudantes prestaram o Enem em 2016, porcentagem que caiu para 72% em 2021. Na rede pública, pouco mais da metade [55%] fez o Enem em 2016, o que já é um índice ruim. Mas, em 2021, esse percentual caiu para 26%”, avalia Henriques.

    “Os resultados nos mostram um cenário de ampliação das desigualdades de oportunidades educacionais no país, e isso exige ações estruturais por parte dos governos e gestores públicos.”

    De uma série de motivos responsáveis pela queda no número de inscrições, como o estabelecimento de regras muito rígidas para isenção de taxa, o superintendente acredita que a pandemia do coronavírus tenha sido o principal.

    “O mais grave deles foi certamente o advento da Covid-19, que, em conjunto com uma forte crise econômica, dificultou enormemente o interesse e a participação dos estudantes no Enem, principalmente os mais vulneráveis”, diz.

    “Nesse período, uma das principais prioridades da educação era manter o vínculo do estudante com a escola. Mas como manter esse vínculo se grande parte dos estudantes não conseguia nem sequer ter internet e se, por outro lado, a situação em casa obrigava até os mais jovens a trabalhar em meio à crise econômica? Como esses estudantes poderiam sonhar com uma profissão dali a três, quatro anos, se a realidade da crise e da pandemia impunha a urgência de fazer um bico para ajudar em casa?”

    Tudo leva a crer que os alunos que estudaram em 2020 e 2021 com as escolas fechadas, com um retorno às aulas presenciais em 2022, tenham sido os mais afetados do ponto de vista das desigualdades que a pandemia gerou: o agravamento da baixa autoestima desses jovens resultou num menor número de estudantes que têm como sonho ou objetivo frequentar a faculdade.

    Novo ensino médio

    É ponto pacífico entre especialistas que o Enem precisará passar por um processo gigantesco de atualização para acompanhar a reforma que o governo pretende promover no ensino médio no país.

    As provas que hoje são compostas apenas de redação e perguntas objetivas de múltipla escolha terão que absorver questões discursivas e interdisciplinares, cobrando habilidades mais de interpretação do que de conteúdo dos estudantes.

    “Essas mudanças trazem um desafio enorme para o Inep, que vai ter que dar conta de colocar o novo formato de pé, num curto período de tempo”, avalia Henriques.

    “Até porque, mais importante do que os alunos ficarem decorando datas, por exemplo, é que eles tenham pensamento crítico, capacidade de solucionar problemas, que saibam diferenciar fato de opinião.”

    E a crise chega ao Fies

    Entre os anos de 2021 e 2022, o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) teve uma redução de 27%, o que está diretamente ligado à queda no número de inscritos no Enem, de acordo com  Rodrigo Bouyer, avaliador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e sócio da Young, empresa especializada em captar e auxiliar estudantes no ingresso a universidades.

    “As pessoas faziam o Enem para melhorar a nota e conseguir o Fies e, assim, ter acesso ao ensino superior em instituições particulares. Mas, desde 2015, vemos menos investimento do governo no Fies, com menos contratos assinados com faculdades. É uma questão de política pública”, explica Bouyer.

    Nesse cenário, o menor índice de parceria público-privada reduz a quantidade de vagas disponíveis para estudantes de baixa renda. Eles seguem procurando oportunidades, mas têm cada vez mais dificuldade para ingressar em cursos de graduação.

    Fonte: R7
    Foto: Reprodução

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