Eles não são mais saudáveis que as versões açucaradas. Seu marketing se baseia no fato de que eles não têm calorias, já que o açúcar é substituído por adoçantes. Até aí, tudo certo.
A ausência de calorias é positiva. Meio litro de refrigerante normal tem 212 calorias, o equivalente a duas colheres de açúcar. E poupar o organismo dessa carga desnecessária ajuda. O zero, porém, tem maior quantidade de sódio, para mascarar o gosto dos aditivos edulcorantes. São 70 mg a cada meio litro, contra 25 mg do normal. A OMS recomenda um consumo máximo diário de 2 g (2.000 mg). Sódio em excesso, além de te deixar com mais sede, pode provocar hipertensão e problemas renais – para quem já sofre com pressão alta, essas versões são piores.
Os adoçantes artificiais também bagunçam a flora intestinal. Uma série de estudos demonstrou que o consumo frequente de refrigerantes zero provoca alterações de composição na microbiota do intestino, que podem provocar intolerância à glicose e mudanças no metabolismo.
Um dos resultados é uma diminuição da saciedade, que pode levar ao ganho de peso. (Ou seja, a ideia de preferir esse tipo sem açúcar para não engordar é uma ilusão.) Consumir muito refrigerante com adoçante artificial também está associado a um risco maior de ter um derrame ou desenvolver doenças como Alzheimer, o que não se provou nos estudos com bebidas açucaradas.
Sua boca também sofre com a acidez característica do refri. Um estudo averiguou que a versão zero, assim como a normal, afeta significativamente a superfície do esmalte dos dentes, indicando que ambas podem contribuir para a erosão dentária. E não só nos dentes: o ácido fosfórico tem impacto negativo na densidade dos ossos.
No fim das contas, tanto o zero quanto o normal trazem problemas à saúde. Se você adora, tente diminuir o consumo.