O Ministério Público de Goiás (MPGO) suspeita que apostadores planejavam ganhar R$ 2 milhões em um esquema de fraude de jogos de futebol da Série B para ganhar apostas on-line.
Na última terça-feira (14/2), um apostador foi preso e a polícia cumpriu nove mandados de busca e apreensão nas casas de jogadores e outros suspeitos de fazer parte do esquema.
O caso foi denunciado ao MPGO pelo time goiano Vila Nova, depois que suspeitaram que um jogador estava sendo pago para que um pênalti fosse cometido de propósito no primeiro tempo de um jogo.
Ainda no vestiário, esse jogador teria feito a proposta de vantagem indevida para manipular o jogo. Ele teria ganhado R$ 10 mil como sinal para cometer a fraude, mas receberia mais R$ 140 mil se o combinado com a organização criminosa fosse cumprido.
Prejuízo
O MPGO suspeita que em dois jogos no final do ano passado houve esse esquema de fraude para benefício desse grupo de apostadores, mas num terceiro jogo, com o Vila Nova, o esquema não deu certo.
“Em dois jogos aconteceram e no jogo específico do Vila Nova, o pênalti não aconteceu. Isso acabou gerando um prejuízo para os apostadores, estima- se que o prejuízo foi de R$ 2 milhões. Como no caso do Vila Nova não houve o pênalti no primeiro tempo, o grupo – o apostador – passou a cobrar ostensivamente o atleta pelo prejuízo causado”, afirmou o promotor Fernando Martins Cesconetto.
Investigados
O jornal O Popular revelou os nomes de alguns dos investigados do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), onde essas pessoas aparecem como investigadas em um processo sigiloso recente relacionado à Vara de Organização Criminosa de Goiânia.
Os dois jogadores do Vila Nova investigados são Gabriel Domingos de Moura e Marcos Vinícius Alves Barreira, conhecido como Romário.
No caso de Romário, o time chegou a demiti-lo logo após descobrir a fraude. Ele seria o jogador que teria recebido R$ 10 mil.
Já o apostador preso em São Bernardo do Campo (SP) foi Bruno Lopez de Moura.
Fonte: Metrópoles