Manaus (AM) – Tamirys Adriny de Oliveira Silva, de 27 anos, conhecida como ‘A Camaleoa’, foi presa por aplicar ‘golpe do amor’ em funcionários e executivos do Distrito Industrial, na quinta-feira (23), no bairro Japiim, Zona Sul de Manaus. A suspeita conseguiu, por meio fraudulento, cerca de R$ 130 mil de cinco vítimas.
No momento da prisão, a suspeita estava trabalhando em uma padaria de familiares, no bairro Japiim, Zona Sul de Manaus, que segundo o Delegado Cícero Túlio, possivelmente era utilizada para fazer a ‘lavagem de dinheiro’ adquirida pela estelionatária.
“A padaria em que ela estava trabalhando, até então acreditamos que seja de familiares dela, mas ainda está em objeto de investigação para que seja identificado se efetivamente não é algo que tem a ver com a lavagem de dinheiro decorrente das das práticas criminosas. Ela praticava crimes de estelionato, na qualidade de vendedora de colchões e também relacionados a alugueis de imóveis”,disse o delegado.
A lavagem de dinheiro é um processo que envolve a transformação de ganhos obtidos de atividades ilegais em fundos com uma fonte aparentemente legal.
Conforme o delegado Cícero Túlio, titular do 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP), a mulher se aproximava das vítimas, fazia com que elas acreditassem que eles teriam um relacionamento amoroso e, depois de ganhar a confiança deles, solicitava dinheiro para fazer procedimentos cirúrgicos, sob a falsa justificativa de que eles transmitido a ela uma bactéria.
”Foi possível identificar que ela se aproximava das suas vítimas através de redes sociais e passava acompanhar a rotina social dessas vítimas para fins de estudar a questão financeira e se aproximava. Ela prometia que iria manter um relacionamento amoroso com elas, fazendo o que elas queriam namorar com a suspeita, a partir de então mesmo sem ter qualquer contato físico passava a solicitar recursos financeiros”
De acordo com o titular, no último golpe, Tamirys ludibriou um executivo do Distrito Industrial e conseguiu R$ 70 mil, o fazendo crer que ela teria se submetido a 37 cirurgias após ser acometida por uma bactéria transmitida pelo industriário, além de ter recebido pelo menos cinco celulares de alto padrão.
“Na segunda fase do golpe ela alegava que iria manter relações sexuais com as vítimas, ia até a casa delas e no momento da consumação do ato sensual alegava sentir dores. Passado esse momento A Cameloa dizia para as vítimas que teria sido aí acometida por uma bactéria mortal que teria supostamente sido transferida e transmitido por sua vítima e passava então a exigir dos votos contínuos a título de realização de procedimentos cirúrgicos e procedimentos magnéticos para tratamentos aí relacionados a essa bactéria. Pelo menos cinco vítimas que foram ouvidas na nossa unidade policial mais de cento e trinta mil reais.”
“Camaleoa aplicava algumas bandagens ali na região abdominal fazendo com que suas vítimas acreditassem que ela teria sido submetida a uma cirurgia”, completou o delegado.
As investigações apontaram que, no último ano, a mulher conseguiu obter cerca de R$ 130 mil aplicando os golpes.
“Uma das vítimas apenas descobriu que estava sendo vítima de um golpe quando em uma conversa em um almoço de confraternização da indústria onde trabalhava essa vítima e acabou ouvindo de outros colegas que teriam sido também vítimas dessa mesma mulher.”
A suspeita já tinha passagem pela polícia por outros golpes praticados enquanto trabalhava em uma loja de colchão.
Tamirys Adriny responderá à justiça por estelionato, falsificação de documento e falsidade ideológica.
fonte; emtempo