Várias equipes de resgate com cães viajaram nas últimas horas para a ilha de Maui, no Havaí, em busca dos possíveis corpos das centenas de pessoas desaparecidas após os incêndios que devastaram a ilha. Com 67 mortes confirmadas, ainda não há um número oficial de desaparecidos, embora o governador do Havaí, Josh Green, tenha afirmado em sua última entrevista coletiva que o paradeiro de cerca de 1.000 pessoas ainda é desconhecido. “Isso não significa que eles estão mortos, mas que não podemos contatá-los, e daí não podemos saber”, explicou. Nesta sexta-feira, 11, mais de 11.000 pessoas ainda estavam sem energia, de acordo com a empresa Power Outage, de forma que as comunicações com grande parte da ilha seguem difíceis.
Os 67 corpos resgatados até agora foram encontrados em áreas externas e o interior dos prédios queimados ainda não foi inspecionado, declarou à emissora “NBC” o prefeito de Maui, Richard T. Bissen Jr.. “Estamos esperando a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) para ajudar nessa busca, já que eles estão equipados para lidar com as condições de materiais perigosos de edifícios que foram queimados”, destacou. O diretor da Região 9 da FEMA, Robert Fenton, afirmou em entrevista coletiva na quinta-feira, 10, que equipes de busca e resgate com cães da Califórnia e Washington estão em Maui para ajudar nos esforços de recuperação. O condado de Maui informou em comunicado que segue o trabalho para extinguir vários dos incêndios que ainda estão ativos e que começaram em 8 de agosto.
“Pede-se aos visitantes que desejam deixar o Maui que reservem um voo com uma companhia aérea. Os viajantes podem reservar voos para Honolulu e depois continuar em outro voo para o continente”, sugeriu o condado em seu último relatório publicado nesta sexta-feira. Na quinta-feira, 14.900 visitantes embarcaram em voos saindo da ilha.
Igrejas e ONGs “estão enviando materiais para o oeste de Maui por barco e por via aérea porque ambas as vias de acesso ao lado oeste de Maui estão fechadas para todos, exceto para o pessoal de emergência neste momento”, disse Henrie. Embora várias ilhas havaianas sejam afetadas, Maui está sofrendo os maiores danos. As imagens mostram áreas completamente destruídas, especialmente em Lahaina, uma cidade histórica no oeste de Maui e uma das áreas mais turísticas da ilha. Segundo as autoridades, a forte seca que afetou as ilhas nos últimos meses e os fortes ventos do furacão Dora fizeram com que as chamas se alastrassem muito mais rapidamente. “A mudança climática chegou e está afetando as ilhas”, declarou o governador, que descreveu o ocorrido como “provavelmente o maior desastre natural da história do estado do Havaí”. O presidente dos EUA, Joe Biden, decidiu na quinta-feira, 10, declarar uma situação de desastre e ordenou ajuda federal para complementar os esforços de recuperação estaduais e locais nas áreas afetadas.
Fonte: JP Notícias
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