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A 113ª edição da NRF Retail’s Big Show, feira gigante de varejo, realizada anualmente, segue repercutindo após levar a Nova Iorque (EUA) cerca de 800 empresas e mil estandes. Com mais de 180 palestras realizadas, o encontro reuniu cerca de 40 mil profissionais e 350 palestrantes – que trouxeram inúmeros insights para quem trabalha na área.

O universo dos strip malls, especificamente, registrou um crescimento acima da média durante a pandemia e segue em ritmo acelerado. Isso porque o consumidor, cada vez mais, busca facilidade e economia de tempo – algo oferecido por esses centros de conveniência, localizados em pontos estratégicos das cidades.

Tendo em vista a relevância mundial da NRF e seus impactos nas redes de varejo, a consultoria Capgemini elaborou um relatório. Ele traz os principais assuntos discutidos na feira e seu impacto no varejo em geral.

“A NRF de 2023 falou sobre resultado, performance, propósito, pessoas. Temas como jornada, experiência, omnicanalidade e comportamento de consumo seguem fortes, mas muito mais maduros, profundos e aplicáveis na prática”, explica Marcos Saad, sócio da MEC Malls e presidente da Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls).

Diante do fato de que os consumidores, lá na ponta da jornada, estão mudando seu comportamento de compra mais uma vez, o foco passa a ser a condição financeira dos clientes – e como se adaptar a isso.

Segundo a pesquisa da Capgemini, o que importa aos consumidores em 2023 são estes pontos:

– 6 em cada 10 consumidores em todo o mundo dizem que estão extremamente preocupados com sua situação financeira pessoal;

– 73% dos consumidores estão fazendo menos compras por impulso;

– 65% dos consumidores dizem que agora preferem produtos de marca própria mais baratos do que marcas conhecidas;

– 78% dos consumidores dizem que serão mais leais às empresas que os ajudam nesse momento difícil;

– 7 em cada 10 consumidores esperam que as empresas ofereçam uma gama mais ampla de descontos para ajudá-los a comprar itens essenciais e oferecer descontos maiores para clientes fiéis.

Segundo William Valiante, vice-presidente de bens de consumo, varejo e distribuição Latam na Capgemini, todas as interações, palestras e estandes falaram essencialmente sobre o mesmo tema: a preocupação com a última linha do resultado.

“O ciclo de performance tem sido o tema da vez. Todos precisam entregar valor para investidores e consumidores. As empresas também querem ser rentáveis e fazer um colchão para o movimento de retomada. A percepção geral foi de pé no chão, de como garantir mais com menos e descobrir formas para assegurar rapidez e eficiência na relação com fornecedores e público final”, destaca Saad, cuja empresa, a MEC Malls, faz a concepção e gestão de Strip Malls em diversas cidades do Brasil.

Um dos pontos focais da NRF é a questão da conveniência, incluindo pontos de retirada. O tema, já bastante explorado em diversos strip malls, prevê que o cliente retire, em um ponto físico, o que comprou online. Nessas horas, tudo vale, desde postos de gasolina até lojas e centros comerciais.

O problema, no entanto, é que quase 50% dos consumidores acreditam que as organizações não estão fazendo o suficiente para reciclar, reutilizar e reduzir o desperdício em todos os setores. Além disso, 67% deles esperam que as organizações sejam responsáveis ao anunciar produtos e não estimulem o consumo excessivo.

“Todos estes aspectos devem nortear o planejamento dos projetos dos strip malls, seja reservando mais espaços para quiosques de venda de produtos e serviços, como também criando pontos de retirada de produtos”, explica Saad, que enfatiza a necessidade de uma relação próxima com lojistas e consumidores.

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